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quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Salmos 126:1-6

1 - QUANDO o SENHOR trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham.
2 - Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o SENHOR a estes.
3 - Grandes coisas fez o SENHOR por nós, pelas quais estamos alegres.
4 - Traze-nos outra vez, ó SENHOR, do cativeiro, como as correntes das águas no sul.
5 - Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria.
6 - Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos.

É um salmo pós-exílio, ele foi escrito após o cativeiro babilônico. Traz em si a síntese do passado e do futuro. Toda a síntese desse salmo vem refletir o sofrimento, as dores, as decepções, as provações que o povo de Deus na sua história de vida vivenciou, mas esse salmo também retrata o triunfo, a conquista, o cumprimento das promessas de Deus, a fidelidade para com o seu povo.
“Grandes coisas fez o Senhor por nós, por isso estamos alegres”. Nosso louvor e nossa alegria são motivados pelas grandes obras de Deus realizadas em nosso favor.
O Senhor castigava o seu povo a fim de levá-lo ao arrependimento e restaurar a comunhão com ele. No castigo, o Senhor lembrava-se da sua misericórdia. Ele agiu em favor do seu povo restaurando lhe a sorte: derrotou os babilônios e libertou o seu povo do cativeiro (539 a.C.). Um homem chamado Ciro foi o instrumento usado por Deus para libertar o seu povo (Is. 44.28; 45.1-7). O povo de Deus voltou para Jerusalém e restaurou a cidade e o templo do Senhor que antes foram destruídos por causa do cativeiro.
o salmista confessa que o Senhor restaurou a sorte do seu povo ele está se referindo à libertação do povo do cativeiro babilônico e o seu retorno à Jerusalém. Não foi somente um retorno físico, mas um retorno espiritual (Deus presente no meio do seu povo a fim de ser adorado no templo em Jerusalém que representava presença de Deus).
Nos versículos 5-6 o salmista na regência da vontade divina, banhado pela inspiração do Espírito ele resume toda a história desse povo com uma linguagem totalmente agrícola para expressar as agonias, o sofrimento, mas também a conquista, os frutos que eles colheram. O final do Salmo mostra que o processo de semeadura era difícil e, por isso triste. Semear dá trabalho. Enquanto se semeia, os pés e mãos se ferem, o corpo se cansa, o sol castiga. Por isso que nós não entendemos quando estamos sentindo tanta dor, quando a investida está grande, pois é o momento que estamos semeando, para podermos colher os bons frutos que Deus tem pra nós dá.
A lágrima não foi desperdiçada: ela regou a colheita. A restauração tem frutos como resultado. Ela é sempre um processo frutífero, por mais dolorido que seja. Por isso, é possível ver sorrisos onde antes havia lágrimas. É isso que vemos no contexto do salmo 126, um quadro totalmente diferente: a tristeza deu lugar à alegria. Agora poderiam tocar suas harpas e cantar salmos de louvor ao Senhor em Jerusalém, pois o Senhor lhes restaurou a sorte, fez grandes coisas por eles e fará o mesmo por mim e por você.

Fique com a paz do Senhor Jesus!


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