1 - QUANDO o SENHOR trouxe do
cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham.
2 - Então a nossa boca se
encheu de riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios:
Grandes coisas fez o SENHOR a estes.
3 - Grandes coisas fez o SENHOR
por nós, pelas quais estamos alegres.
4 - Traze-nos outra vez, ó
SENHOR, do cativeiro, como as correntes das águas no sul.
5 - Os que semeiam em lágrimas
segarão com alegria.
6 - Aquele que leva a preciosa
semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo
os seus molhos.
É um salmo pós-exílio,
ele foi escrito após o cativeiro babilônico. Traz em si a síntese do passado e
do futuro. Toda a síntese desse salmo vem refletir o sofrimento, as dores, as
decepções, as provações que o povo de Deus na sua história de vida vivenciou,
mas esse salmo também retrata o triunfo, a conquista, o cumprimento das
promessas de Deus, a fidelidade para com o seu povo.
“Grandes coisas fez o
Senhor por nós, por isso estamos alegres”. Nosso louvor e nossa alegria são
motivados pelas grandes obras de Deus realizadas em nosso favor.
O Senhor castigava o
seu povo a fim de levá-lo ao arrependimento e restaurar a comunhão com ele. No
castigo, o Senhor lembrava-se da sua misericórdia. Ele agiu em favor do seu
povo restaurando lhe a sorte: derrotou os babilônios e libertou o seu povo do
cativeiro (539 a.C.). Um homem chamado Ciro foi o instrumento usado por Deus
para libertar o seu povo (Is. 44.28; 45.1-7). O povo de Deus voltou para
Jerusalém e restaurou a cidade e o templo do Senhor que antes foram destruídos
por causa do cativeiro.
o salmista confessa que
o Senhor restaurou a sorte do seu povo ele está se referindo à libertação do
povo do cativeiro babilônico e o seu retorno à Jerusalém. Não foi somente um
retorno físico, mas um retorno espiritual (Deus presente no meio do seu povo a
fim de ser adorado no templo em Jerusalém que representava presença de Deus).
Nos versículos 5-6 o
salmista na regência da vontade divina, banhado pela inspiração do Espírito ele
resume toda a história desse povo com uma linguagem totalmente agrícola para
expressar as agonias, o sofrimento, mas também a conquista, os frutos que eles
colheram. O final do Salmo mostra que o processo de semeadura era difícil e,
por isso triste. Semear dá trabalho. Enquanto se semeia, os pés e mãos se
ferem, o corpo se cansa, o sol castiga. Por isso que nós não entendemos quando
estamos sentindo tanta dor, quando a investida está grande, pois é o momento
que estamos semeando, para podermos colher os bons frutos que Deus tem pra nós
dá.
A lágrima não foi
desperdiçada: ela regou a colheita. A restauração tem frutos como resultado.
Ela é sempre um processo frutífero, por mais dolorido que seja. Por isso, é
possível ver sorrisos onde antes havia lágrimas. É isso que vemos no contexto
do salmo 126, um quadro totalmente diferente: a tristeza deu lugar à alegria.
Agora poderiam tocar suas harpas e cantar salmos de louvor ao Senhor em
Jerusalém, pois o Senhor lhes restaurou a sorte, fez grandes coisas por eles e
fará o mesmo por mim e por você.
Fique com a paz do
Senhor Jesus!
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