Paulo relata que Deus não rejeitou o seu povo totalmente,
uma das provas disso era ele próprio. Ele era um israelita, um descendente de
Abraão, um membro da tribo de Benjamim. Ele era um judeu e foi escolhido por
Deus para ser um cristão e um apóstolo. Paulo cita Elias como uma ilustração.
Elias pensou que a nação inteira de Israel tinha apostatado, mas ele estava
errado. O remanescente (resto) dos dias de Elias era prova de que Deus não
tinha rejeitado o Seu povo, e o remanescente do tempo de Paulo continuava a ser
uma evidência de Sua fidelidade. Os eleitos são os que alcançaram a justiça
mediante a fé e a maioria dos judeus não encontrou a misericórdia divina que
eles estão procurando. Paulo cita Isaías e Davi para mostrar que a indiferença
espiritual de Israel foi um padrão que se manteve ininterruptamente. A rejeição
de Cristo pelos judeus traria uma enorme miséria sobre a nação. A rejeição de
Israel significa o fim do programa de Deus para a nação? Certamente não! A
incredulidade de Israel trouxe salvação aos gentios, e conduzirá, no fim das
contas, à salvação de Israel. A nação de Israel, escolhida por Deus para
receber a salvação, será salva com os gentios cristãos, resultando em uma grande
bênção para todo o mundo. Quando Paulo fala de primícias e raiz são referências
à conversão de alguns judeus (v. 14) e dos gentios (v. 15). O zambujeiro é uma
referência aos cristãos de origem gentílica. A oliveira é uma alusão a Israel,
aos que herdaram as promessas estabelecidas na aliança abraâmica. Enxertado em
lugar deles. Paulo intencionalmente estende a analogia para o enxerto com o
propósito de comunicar aqui que os gentios foram sobrenaturalmente ligados à
família de Deus. Se não tivesse sido pela graça de Deus, os gentios nunca
teriam sido enxertados na vida de Deus, que os judeus anteriormente
desfrutaram. A nova vida que os permite produzir frutos cresce da mesma raiz em
que o antigo Israel foi cultivado. Os cristãos do Novo Testamento não devem
presumir que são melhores que os judeus, porque eles haviam sido cortados por
causa da sua incredulidade. Os gentios, os quais foram enxertados a partir da
aliança abraâmica, passaram a receber a bênção de Deus, o que não deveria ser
motivo para eles se gloriarem. Os gentios não deveriam menosprezar os judeus,
os ramos da videira de Deus. Paulo concorda, com a objeção, que Israel estava
quebrado (v. 19) e que fora por causa da incredulidade deles que os gentios
estavam em pé pela fé. Mas ele vai advertir que os gentios não deveriam ser
arrogantes, deviam temer. Estar de pé diante de Deus é um ato que só é possível
mediante a fé. Sentimentos de superioridade não têm vez. Paulo estava advertindo os gentios para que eles não fossem arrogantes (v. 20),
mas se lembrassem que eles dependiam de Deus e eram responsáveis diante dele da
mesma maneira que os judeus o eram. Se permanecerem na bondade de Deus, eles
não serão cortados, e se os judeus se voltarem a Deus pela fé, eles poderão ser
enxertados novamente na árvore. Essa não é uma referência à salvação
individual, mas ao plano de Deus para judeus e gentios. Se os cristãos não
entenderem este segredo, eles correm o risco de serem presunçosos em si mesmos,
o que significa se tornarem arrogantes (v. 20) e ostentadores (v. 18). O
mistério é que Israel foi temporária e parcialmente endurecido, mas Deus não os
rejeitou.
Todo o Israel não quer dizer que todos os indivíduos na
nação se voltarão para Deus. Significa que a nação será salva como um todo (mas
nem todos os indivíduos da nação o serão).
E este será o meu concerto com eles, quando eu tirar os
seus pecados. Paulo continua a citar o texto de Isaías 59.21, entretanto faz
também a citação da promessa de Jeremias 31.33, que indica que Deus manterá Sua
aliança com Israel. Os desobedientes de Israel (gr. apeítheia) não têm o poder
de mudar o fato de que Deus ainda pode ter misericórdia deles, como fez com os
gentios que eram desobedientes. O método de Deus lidar com judeus e gentios é
uma demonstração da grande sabedoria divina. O Antigo Testamento indica em
várias partes que a sabedoria de Deus não pode ser obtida pelo homem a partir
de sua própria força. O apostolo Paulo finaliza dizendo: Todas as coisas vêm
única e exclusivamente de Deus. Tudo vive por seu poder, e tudo é para sua glória.
A Ele seja a glória para todo o sempre. Porque
dele, e por ele, e para ele são todas as coisas.
Deus é a origem, o meio e o fim de todas as coisas. Ele é
o Criador, o Sustentador, Ele leva tudo a bom termo. Sendo assim, Ele deve ser
louvado e, eternamente, glorificado.
Deus vos abençoe
muitíssimo,
Pra. Marla Fernandes
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