O salmo de
numero 1 faz parte do livro um. É conhecido como salmo de sabedoria ou salmo da
lei. Não é possível afirmar quem o escreveu, também não se sabe exatamente
quando esse salmo foi escrito. Ele serve de introdução ao livro de salmos. Esse
salmo coloca diante das pessoas os dois caminhos que elas podem seguir, sendo o
resultado final felicidades e sucesso ou condenação, relata a felicidade das
pessoas que obedecem a lei de Deus e o fim das pessoas más, ou seja, revela um
contraste entre a atitude do justo e do ímpio para com a Lei de Deus. O justo
ama e medita constantemente na Lei do Senhor, enquanto o ímpio a odeia.
Este salmo e
como um farol que mostra o caminho do porto em meio a tempestade. Ilumina e
aponta para a verdade ate mesmo quando as falsidades de nossa cultura começam a
nublar nosso discernimento. Afirma que só ha um caminho para a verdadeira vida;
ignorá-lo é aceitar a morte como um tolo.
O autor relata
que felizes são as pessoas que não vão atrás das opiniões de pessoas desligadas
de Deus, que não ficam à toa na companhia dos pecadores, nem participam de
rodinhas onde fazem pouco caso de Deus. Por evitar o mal e escolher o bem essas
pessoas têm uma satisfação interior que só elas podem sentir. Essa figura aqui
representa o justo ideal, ou seja, alguém que esta no mundo, mas não é nem um
pouco afetado pelo mundo. E o autor é ainda mais preciso ao dizer que o prazer
dessas pessoas está na lei do senhor e que meditam de dia e de noite nela, faz
da Lei do Senhor a fonte da sua alegria. Em vez de ter prazer em mancomunar-se
com os perversos, a pessoa de Deus desfruta profundamente das coisas de Deus,
especialmente a Palavra de Deus. A expressão “Lei do Senhor” não se refere
apenas a um mandamento específico, mas também à Escritura inteira. O que o salmista
está dizendo é que o homem justo está constantemente meditando nas Escrituras,
isto é, pensando e recitando para si mesmo a Palavra de Deus. Com isso Deus
compara essas pessoas como uma arvore plantada junto a ribeiros de água, que
dão frutos o ano todo e que se mantém firme mesmo em tempos de secas, ou seja,
é prospero em tudo que fizer. Portanto a pessoa que medita na palavra
diariamente é alimentada e se torna prospera o ano todo, do mesmo modo que a
arvore precisa de água nós precisamos da palavra. É importante ressaltar que a
prosperidade não é só a garantia de um futuro de riqueza material para o justo;
mas que o justo sempre será útil e aproveitável para o Senhor.
O salmista
deixa claro no Salmo 1 que os ímpios agem de forma completamente contrária e
oposta aos justos. Enquanto o justo é como a árvore plantada num solo onde há
corrente de águas, o ímpio é como a palha que o vento espalha, ou seja, as
pessoas que vivem desligadas de Deus vivem sem direção e sem segurança, como um
pedaço de palha soprado pelo vento, enquanto que o justo é como uma planta
vigorosa, o ímpio é como uma planta morta e seca, isto é, palha. Na verdade a
palha só serve para ser queimada. Sem valor. Por esse motivo, explica o
salmista, os perversos não prevalecerão no juízo. Isso significa que os ímpios
jamais serão aprovados no julgamento de Deus. Ainda que muitas vezes eles se
infiltrem no meio dos justos, eles não poderão permanecer entre eles para
sempre. A Parábola do Joio e do Trigo fala justamente sobre isto (Mateus
13:24-46).
No dia do
retorno de Cristo essa separação final ocorrerá e os ímpios serão condenados.
Os pecadores não terão lugar entre os que obedecem a Deus. Portanto o Senhor
conhece e aprova a vida de quem obedecem a suas leis, mas a vida daqueles que
desprezam a Deus acabará em castigo e sofrimento.
Concluímos
então que O salmista termina o Salmo 1 mostrando o resultado final do contraste
entre o caminho dos justos e o caminho dos ímpios. O Salmo 1 ensina que os dois
caminhos nesta vida, isto é, o caminho de retidão e o caminho de impiedade, são
determinados pela relação do indivíduo com o Senhor. Deus é onisciente e
conhece exaustivamente todas as coisas. Então quando o salmista diz que “o Senhor
conhece o caminho dos justos” ele está se referindo a um envolvimento pessoal;
um relacionamento especial entre Deus e seus servos. Isso significa que o
próprio Deus se envolve ativamente de forma íntima no estilo de vida do justo. Por
outro lado, o salmista diz na frase final do Salmo 1 que o caminho dos ímpios
perecerá.
Deus
vos abençoe!
Pra. Marla
Fernandes.
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