O salmo de
numero 7 faz parte do livro 1. Esse salmo é de autoria do rei Davi. O Salmo 7 é
um salmo de lamentação contendo alegações de inocência de Davi. Em alguns
salmos, o salmista indica que seu sofrimento é merecido. Nesses casos, acaba
confessando o pecado. Mas em outros, o salmista, como faz Davi aqui, acredita
não merecer o sofrimento ou sentimento de abandono. Este salmo expressa, assim,
sua dor aguda. E claro que nenhum de nós está livre de pecado e culpa. Em
última análise, todos merecemos a ira de Deus (Rm 3). Mas, quando nos tomamos
filhos de Deus, esperamos Sua compaixão. Muitas vezes, ficamos abalados ao
depararmos com o sofrimento. A mensagem predominante no livro de Salmos, no
entanto, é dupla: Deus é bom e a vida é difícil. O poema é composto de diversos
momentos breves:
(1) apelo
inicial por livramento (v. 1,2);
(2) declaração
de inocência (v. 3-5); (
3) apelo ao
juízo divino, primeira parte (v. 6-8);
(4) apelo ao
juízo divino, segunda parte (v. 9,10);
(5) descrição
do trabalho de Deus como juiz (v. 11-13);
(6) retrato do
ímpio (v. 14-16);
(7) voto de
louvor (v. 17).
Nos versos 01
e 02 o salmista inicia clamando por livramento, mas já ressaltando que confia
no senhor. “Que ele não arrebate a minha alma, como leão, despedaçando-a, sem
que haja quem a livre”, essa expressão transmite vividamente o temor do
salmista. Davi tinha visto certamente um leão capturar a presa e compara isso
com o seu próprio destino em ser capturado e estraçalhado.
Nos versos 03
ao 05 Davi declara inocente de todas as acusações de seu inimigo contra ele. Calque
aos pés a minha vida, estas palavras solenes são ditas a Deus. O Senhor pode
exercer seu juízo usando dos inimigos de Davi se for falsa a sua declaração de
inocência.
Nos versos 06
ao 10 O salmista Davi faz um apelo ao juízo divino, pede para Deus colocar em
seu favor o julgamento justo Dele, uma vez que ele era inocente. Esses versículos
relatam um apelo para que Deus mostre Sua ira contra os adversários do
salmista, para julgá-los de sua calúnia. Davi implora ao Senhor que Se erga do
trono e intervenha em seu favor, trazendo justiça à situação intolerável. Davi pediu para que Deus o julgasse conforme
a justiça e a integridade que havia nele. Somente alguém confiante em sua
própria inocência ousaria erguer esse clamor ao Senhor. Davi era inocente das
acusações.
Em hebraico, a
expressão os corações e os rins (v9) tem o sentido de corações e mentes,
trata-se de uma forma antiga de descrever o íntimo da pessoa. Para Davi Deus
era justo, e conhecia a fundo os pensamentos e sentimentos dos homens. Deus era
o seu escudo. “O meu escudo” significa que Deus paira sobre o crente como um
escudo militar, uma defesa invisível.
Nos versos 11
ao 13 Aqui relata descrição do trabalho de Deus como juiz. Deus é justo juiz.
Ele sente ódio pelo pecado constantemente. A indignação de Deus se direciona
aos inimigos de Seu povo. Afiará a sua espada. As imagens dos versículos 12 e
13 são de um grande guerreiro se preparando para a batalha. O Guerreiro é o
Senhor, e a batalha é contra os perversos.
Nos versos 14
ao 16 relata a perversidade do ímpio, O pecador cria e vai desenvolvendo um
plano mau; porém eles caem em sua própria armadilha. Os perversos são as mães
de problemas. Dão à luz sua própria destruição. A desgraça que ele planejou
para outros acaba caindo sobre sua própria cabeça; ele mesmo acaba sofrendo a
violência que desejava cometer contra outra pessoa.
No verso 17 o
salmista finaliza com um voto de louvor a Deus, “Eu, por outro lado, darei
graças e louvarei ao Senhor, o Altíssimo, por causa da sua justiça perfeita”. Altíssimo
é um termo muito usado para se referir à autoridade de Deus sobre as nações.
Deus
vos abençoe!
Pra. Marla
Fernandes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário