Nos versos do 01 ao 12,
Paulo faz referência às disputas entre os chamados fortes e os fracos na fé. Os
fortes eram os cristãos que consideravam certas proibições dispensáveis. No
caso, aquelas que não foram declaradas especificamente na Bíblia. A sua fé era forte o bastante para cometerem
tais atos sem que tal conduta gerasse neles culpa em sua consciência. Os
enfermos na fé eram os cristãos cuja consciência estava preocupada com essas
mesmas proibições. Alguns cristãos pensavam que podiam comer qualquer coisa
servida como comida; outros pensavam de maneira oposta (v. 2). Uns pensavam que
os dias festivos dos judeus deveriam ser observados, enquanto outros não (v.
5). Paulo se ocupa de trazer, à consciência de ambos, seus deveres: nesses
assuntos, os fortes não deveriam desprezar os fracos, como se eles fossem meros
ignorantes; ao mesmo tempo, os fracos não deveriam julgar os fortes, afirmando
serem eles profanos ou mundanos (v. 3). Paulo proíbe qualquer interferência que
censure a liberdade alheia. É importante entendermos que não é o hábito de
guardar dias e dietas alimentares, mas é saber se aquilo que esta sendo
observado é realizado para o Senhor. Porque nenhum de nós vive para si mesmo e
nenhum de nós morre para si mesmo. Se vivemos, é para o Senhor que vivemos; e,
se morremos, também é para o Senhor que morremos. Assim, tanto se vivemos como
se morremos, somos do Senhor. Pois
Cristo morreu e viveu de novo para ser o senhor tanto dos mortos como dos
vivos. Portanto, por que é que você, que só come verduras e legumes, condena o
seu irmão? E, você, que come de tudo, por que despreza o seu irmão? Paulo é
ainda mais preciso ao dizer: Lembre-se de que cada um de nós comparecerá
individualmente perante o Tribunal de Deus. Cada um de nós dará conta de si
mesmo a Deus. Porque está escrito: "Tal como eu vivo", diz o Senhor,
"todo joelho se curvará diante de Mim e toda língua confessará a Deus. Ele
nos lembra que ambos, tanto os fortes quanto os fracos, prestarão contas a
Deus.
Nos versos do 13 ao 23,
Paulo mostra que essa diferença entre os fracos e os fortes não podiam dividir
a comunidade cristã. Era por dever aceitar uns aos outros pois quem julga é o
senhor . Paulo exorta a não se censurem mais uns aos outros. Em vez disso,
procurem viver de tal modo que nunca façam um irmão tropeçar. A palavra Imunda
aqui faz alusão às coisas proibidas pela Lei cerimonial dos judeus. Caso alguém
considere que o exercício de uma atividade qualquer seja ilegal, então é errado
para essa pessoa se ocupar de tal atividade que ele condenou, ou seja, Paulo
diz que nada é impuro em si mesmo. Mas, se alguém pensa que alguma coisa é
impura, então ela fica impura para ele. Ele é ainda mias preciso, Se um irmão
ficar incomodado por causa daquilo que você come você não estará procedendo com
amor se continuar a comer. Não deixe que a sua comida faça perder-se alguém por
quem Cristo morreu. Não faça nada que motive censura contra você próprio, mesmo
sabendo que aquilo que você faz está certo. Pois o Reino de Deus não é comida
nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. O importante é
vivermos corretamente, em paz e com a alegria que o Espírito Santo dá. O
apostolo finaliza dizendo, procuremos sempre as coisas que trazem a paz e que
nos ajudam a fortalecer uns aos outros na fé. Por uma questão de comida, não
destrua o que Deus fez. Todos os alimentos podem ser comidos, mas é errado
comer alguma coisa quando isso faz com que outra pessoa caia em pecado. O que
está certo é não comer comida, não beber bebida, nem fazer qualquer outra coisa
que leve um irmão a cair em pecado. Mas guarde entre você mesmo e Deus o que
você crê a respeito desse assunto. Feliz a pessoa que não é condenada pela
consciência quando faz o que acha que deve fazer! Mas quem tem dúvidas a
respeito do que come é condenado por Deus quando come, pois aquilo que ele faz
não se baseia na fé. E o que não se baseia na fé é pecado.
Deus vos abençoe muitíssimo,
Pra. Marla Fernandes
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