Nos versos 1 ao 8 relata que
mesmo quando os judeus não foram fieis a Deus, Ele continuou fiel aos judeus. Até
mesmo no caso de alguns judeus serem incrédulos em relação à Palavra divina,
Deus será fiel ao que Ele prometeu.
A partir de um ponto de vista
meramente humano, Paulo pergunta: E, se a nossa injustiça for causa da justiça
de Deus, que diremos? Porventura, será Deus injusto, trazendo ira sobre nós?
Paulo explica que essa é uma pergunta absurda, porém feita freqüentemente por
muitos, de forma que ele acrescenta em parêntese a expressão falo como homem. A
sugestão de que Deus seja injusto é simplesmente absurda. Deus é sempre justo!
Nos versos 9 ao 20 nos diz que Os
judeus não são melhores que os gentios. Ambos são culpados devido à prática do
pecado. Ninguém pode ser justificado através das próprias obras ou através da
sua própria retidão diante de Deus. O homem natural não tem capacidade para
entender as verdades espirituais (1 Co 2.14), pois não busca diligentemente
seguir a Deus. Ou melhor, as pessoas estão satisfeitas com a aparência
exterior, com a religiosidade. Todos se extraviaram, desviaram-se para longe do
caminho de Deus. Apartadas de Deus, não há quem faça o bem, falta às pessoas a
verdadeira bondade e benignidade. Até mesmo um bom sujeito pode estar se
rebelando contra Deus buscando os seus próprios interesses ao praticar atos de
bondade. Para mostrar a total depravação da humanidade, Paulo cita passagens
dos Salmos que descrevem o mal que pode vir da língua, da boca, dos
pensamentos, dos pés e dos olhos do ser humano. O coração é comparado a um
sepulcro onde foi enterrada a semente da morte. A garganta revela em seu
interior a corrupção, a decadência espiritual. Os lábios estão cheios de
peçonha de áspides; a raça humana é fonte de veneno mortal. Os seres humanos,
quando separados de Deus, não abençoam uns aos outros, eles se amaldiçoam
mutuamente com freqüência. São amargos, não amorosos... ligeiros para derramar
sangue, pessoas distanciadas de Deus são propensas à violência. Eles cometem
crimes e matam porque não têm nenhum respeito pela vida de seu semelhante. As
pessoas sem Deus estão espiritualmente mortas; assim, só lhes é possível
produzir engano, dano e destruição. Por isso é de suma importância entender que
todo o mundo, sejam judeus ou gentios, todo ser humano é condenável diante
Deus.
A Lei não foi dada para
justificar os pecadores, mas expor os seus pecados, ou seja, ela faz com que as
pessoas saibam que são pecadoras, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.
Nos versos 21 ao 31 Deus nos mostrou um caminho diferente para o
céu, não o fato de sermos "bonzinhos" e procurarmos guardar suas
leis, mas um novo caminho. Agora Deus diz que nos aceitará e nos absolverá -
Ele nos declarará "sem culpa" - se nós confiarmos em Jesus Cristo
para Ele tirar os nossos pecados. E todos nós podemos ser salvos deste mesmo
modo, vindo a Cristo, não importa o que somos ou o que temos sido. Cristo Jesus
morreu para promover a redenção, ou seja, Ele morreu para pagar o preço exigido
para o resgate dos pecadores. Pagando o preço do pecado com Sua morte, Jesus
pode livrar as pessoas dos seus pecados e transferir para aquelas que crerem
nele a Sua retidão. A morte de Cristo fez desaparecer a ira de Deus contra o
pecador. A partir da justiça de Cristo, e somente dela, os cristãos podem
chegar ao trono de Deus com louvores. Por iniciativa divina, nossa comunhão
íntima com o Senhor foi restabelecida.
Se Deus desse a salvação através
da Lei de Moisés, Ele seria Deus apenas dos judeus, porque a Lei mosaica foi
dada aos judeus. Ele é o Deus de judeus e gentios. Ele justificará a ambos pela
fé. O apostolo Paulo finaliza esse capitulo dizendo Será que isso quer dizer
que, por causa da fé, nós tratamos a lei como se ela não valesse nada? Não; de
modo nenhum! Pelo contrário, afirmamos que a lei tem valor, uma vez que pela
mesma vemos que somos pecadores!
Deus vos abençoe muitíssimo,
Pra Marla Fernandes
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