Nos versos de 1 ao 17 Paulo relata aqui que o
cristão está livre da lei e tem uma nova vida que é dirigida pelo Espírito de
Deus. Em Romanos 7.5, Paulo descreveu a
vida na carne. Agora, ele descreve uma vida que segue em sentido oposto: a vida
em novidade de espírito (Rm 7.6). A pessoa controlada pelo Espírito não está
condenada pela Lei porque o seu passado foi perdoado. Portanto, agora nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne,
mas segundo o Espírito, ou seja, Portanto, não há nenhuma condenação aguardando
aqueles que pertencem a Cristo Jesus. Paulo descreve aqui a liberdade de viver
no Espírito, em Cristo, nós não estamos mais sujeitos a viver sob a sentença
condenatória da Lei, mas o Espírito nos capacita a viver para Cristo. A Lei
tinha o poder de estabelecer o juízo sobre os pecados cometidos, mas era
impossível a ela fazer qualquer coisa a respeito do pecado propriamente dito, ela
não tinha poder algum de expiar pecados. Deus realizou o que era impossível à
Lei, enviando o seu próprio Filho ao mundo. Jesus veio em semelhança da carne
do pecado. Jesus, como Deus, assumiu nossa natureza humana, uma natureza que
era suscetível à tentação. Embora Ele tenha sido tentado, nunca cedeu à
tentação. Ele nunca cometeu qualquer pecado.
O apóstolo nos ensina que os que são segundo a carne
inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as
coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do
Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus,
pois os que estão na carne não podem agradar a Deus. Melhor dizendo: as pessoas
que vivem de acordo com a natureza humana têm a sua mente controlada por essa mesma
natureza. Mas as que vivem de acordo com o Espírito de Deus têm a sua mente controlada
pelo Espírito. As pessoas que têm a
mente controlada pela natureza humana acabarão morrendo espiritualmente; mas as
que têm a mente controlada pelo Espírito de Deus terão a vida eterna e a paz. Porque a velha natureza pecaminosa dentro de
nós está contra Deus. Ela nunca obedeceu às leis divinas e nunca o fará. É por essa razão que nunca podem agradar a
Deus aqueles que ainda estão sob o controle de sua própria natureza pecaminosa,
inclinados a seguir seus antigos desejos malignos. E lembrem-se de que se
alguém não tiver o Espírito de Cristo morando em si mesmo, esse não é cristão
de modo nenhum... Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é Dele.
Paulo finaliza aqui dizendo que mesmo que tenhamos Cristo
não viveremos eternamente neste corpo, veremos a morte, pois possuímos um corpo
de pecado, embora o nosso corpo vá morrer por causa do pecado, o Espírito de
Deus é vida para nós porque fomos aceitos por Deus.
Portanto, todos os
que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Sermos
guiados pelo Espírito de Deus é o mesmo que caminhar em conformidade com o
Espírito Santo. Aqueles que são conduzidos pelo Espírito são os filhos de Deus,
e o Deus soberano, por sua vez, é o seu Pai (2 Co 6.18). O Espírito que recebemos
de Deus não nos torna escravos e não faz com que tenhamos medo. Pelo contrário,
o Espírito nos torna filhos de Deus;
e pelo poder do Espírito dizemos com fervor a Deus: “Abba, Pai!” ou seja, “Pai,
meu Pai!” O Espírito de Deus se une com o nosso espírito para afirmar que somos
filhos de Deus. E se somos os seus filhos, então participaremos dos seus
tesouros pois tudo quanto Deus dá ao seu
Filho Jesus agora é nosso também. Mas se vamos participar da sua glória,
precisamos participar também do seu sofrimento.
Nos versos 18 ao 30 o apóstolo relata aqui que
aquilo que sofremos no momento é insignificante, se compararmos com a glória
que nos será revelada no futuro. O plano de compensação divino é tal que aquele
que suporta os sofrimentos receberá cem vezes tanto e herdará a vida eterna (Mt
19.29). Quando Paulo diz que a criação ficou sujeita à vaidade, esse termos
vaidade usado aqui significa vanidade(qualidade do que é vão), vácuo, sendo uma
referência à maldição que recaiu sobre a criação (Gn 3.17-19), por causa do
pecado da humanidade o próprio universo deixou de ser o que Deus queria que
fosse quando Ele o criou. A natureza é sujeita à deterioração e à morte por
causa do pecado. Com isso a esperança é
uma expectativa constante de uma realidade ainda não vista. Nós somos salvos
por meio da fé, mas nossa esperança está no retorno de Cristo em Sua glória e
na nossa completa libertação da natureza pecadora. Se nós estamos esperando
algo que ainda não vimos, nós fazemos isso com paciência; quer dizer, nós
estamos dispostos a suportar o presente. E da mesma forma que a esperança sustenta
o crente no sofrimento, assim também o Espírito Santo o ajuda em oração com
gemidos inexprimíveis, o Espírito ora por nós quando somos incapazes orar. Ele
intercede junto por nós diante do trono de Deus (1 Jo 2.1). Como filhos de
Deus, nós nem sempre sabemos pelo que orar, ou como podemos orar melhor (v.
26). Podemos saber, porém, que quando oramos, por desígnio do próprio Deus, o
Espírito aperfeiçoa o que falamos em oração. E todas as coisas contribuem
juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles a quem ele chamou de
acordo com o seu plano. Porque aqueles que já tinham sido escolhidos por Deus
ele também separou a fim de se tornarem parecidos com o seu Filho. E, ao nos
escolher, Ele nos chamou para ir a Ele; e quando fomos, Ele declarou-nos
"sem culpa", encheu-nos com a retidão de Cristo, deu-nos o direito de
ficar com Ele e nos prometeu sua glória. Nós somos chamados de acordo com o seu
propósito... Portanto, tudo o que Deus faz, inclusive a redenção, é para
realizar Seu plano.
Nos versos 31 ao 39 Paulo conclui esta seção da
carta com uma declaração da vitória que
Jesus Cristo nos dá e relata que Deus está do nosso lado e não há nada em todo
o universo que possa nos separar do amor de Deus. Ele inicia dizendo: Que
diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Se Deus
está do nosso lado, quem poderá nos vencer? Ninguém! Quem acusará aqueles que Deus escolheu?
Ninguém! Porque o próprio Deus declara que não são culpados. Será que alguém
poderá condená-los? Ninguém! Pois foi Cristo Jesus quem morreu, ou melhor, quem
ressuscitou e está à direita de Deus. E Ele pede a Deus em favor de nós. Então
é fato visível que nós temos uma relação pessoal com Deus e devido a esse
relacionamento, ninguém pode nos separar do amor de Cristo por nós. Estou
convencida de que nada poderá jamais nos separar do seu Amor. A morte não o
pode, nem tampouco a vida. Os anjos não o poderão, e todas as forças do inferno
não poderão afastar de nós o amor de Deus. Nossos temores pelo dia de hoje,
nossas preocupações sobre o dia de amanhã, ou o lugar onde estivermos, bem alto
no céu, ou nas profundezas do mar nada, jamais, será capaz de separar-nos do
amor de Deus demonstrado pelo nosso Senhor Jesus Cristo quando morreu por nós.
Deus vos abençoe
muitíssimo,
Pra. Marla Fernandes
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