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terça-feira, 31 de março de 2020

Resumo do livro do Salmo de nº 22.


O salmo de numero 22 faz parte do livro 1. O Salmo 22 é um salmo de profunda lamentação, que se encerra como um salmo de louvor a Deus e libertação. Embora fale de aflição particular de Davi e de como o Senhor o libertou, também se refere profeticamente à crucificação e ressurreição de Jesus. O Salmo reflete os pensamentos de Davi quando perseguido (seja por Saul, por Absalão ou por outros inimigos), mas ganha uma força maior quando vinculado ao sofrimento de Jesus. Os termos que Davi utiliza para descrever sua situação são inspirados pelo Espírito Santo. Portanto, ele pôde avançar mil anos para descrever precisamente as experiências de Jesus, o Salvador, tanto Sua morte cruel como Sua ressurreição vitoriosa. Consulte também o Salmo 69, que prevê o sofrimento emocional e espiritual de Jesus. Este salmo é uma das mais profundas evidências de que Jesus é o Messias enviado por Deus. O título do Salmo 22 indica que era cantado ao som da canção O cervo do alvorecer.
O longo poema possui duas partes:
(1) descrição da agonia de morte iminente — alternando lamentação, confissão e petição (v. 1-21);
(2) celebração extasiada da grande vitória — uma série de votos solenes de louvor ao Senhor na congregação (v. 22-31).

Nos versos 01 ao 03 Com as palavras Deus meu, Deus meu, Davi expressa um agudo sentido de separação de Deus em tempos de grande aflição (Sl 38.21). Estas palavras foram de novo pronunciadas por Jesus durante Sua agonia na cruz (Mt 27.46; Mc 15.34).

Nos versos 04 ao 08 Mesmo em meio a uma grande dor, Davi confessa sua fé no Deus de seus pais. Deus fora fiel às gerações anteriores; com certeza, continuará fiel àqueles que recorram a Ele. O sofrimento de Davi faz sentir-se menos que um ser humano — um verme. Quando Davi se achava no fundo do poço, seus inimigos ridicularizaram sua fé no Senhor. São palavras que descrevem também o que sentiu o Salvador ao suportar os insultos de Seus atormentadores (Mt 27.27-31, 39-44).

Nos versos 09 ao 11 Com tantos problemas e deboches à volta, Davi deposita sua confiança no Senhor — Aquele em quem confiou desde o início de sua vida. A reação de Davi às circunstâncias difíceis é instrutiva. Em vez de duvidar da bondade de Deus, ele reafirma sua fé para toda a vida no Todo-poderoso. Ele enfatiza que não pode suportar o sofrimento sem a ajuda divina “Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem ajude”.

Nos versos 12 ao 15 O salmista usa imagens vívidas para descrever sua angústia. Vê-se cercado por touros e leões. Além disso, sua aflição é tão profunda que lhe parece ter sido sua vida sugada, como alguém que esvazia um jarro d’água. Estas palavras tornam-se ainda mais lancinantes quando aplicadas ao padecer de Jesus na cruz (Jo 19.34). A língua se me pega ao paladar - As palavras de Jesus tenho sede (Jo 19.28) expressam a dor dessa secura tão terrível. No pó da morte. Para Davi, a morte seria evitada ainda desta vez (como em Sl 16.9,10), mas, para o Salvador, a sentença não foi adiada.

Nos versos 16 ao 21  Cães é a terceira representação animal dos inimigos de Davi (v. 12, 13). Traspassaram-me as mãos e os pés prevê claramente a crucificação do Senhor Jesus Cristo. Essas palavras são figuras de linguagem representando terríveis vivências de Davi; mas, como profeta (At 2.30), ele falou com precisão do sofrimento de Jesus. Vemos que no verso 18 Davi relata que repartiram entre si as suas vestes e lançaram sortes sobre a sua túnica. Na crucificação de Jesus, soldados tiraram a sorte por Seus vestidos, cumprindo fielmente este texto (Mt 27.35). O foco deste salmo havia sido o sofrimento do salmista. O Senhor Deus, que parecia tão distante, agora é chamado a se aproximar para socorrer, livrar e salvar Davi. O Senhor é a única fonte de força que pode ajudá-lo a repelir os ataques daqueles que o atormentam. O emprego de metáforas animais acontece novamente, agora em ordem inversa: cão, leão e unicórnios

Nos versos 22 ao 26 Este salmo não somente fala da dor de Davi e profetiza o padecer de Jesus na cruz, como também ilustra como Deus liberta. O Senhor respondeu, e Davi, que sofrera tanto, promete cantar em louvor ao Senhor, seu Redentor. O salmo, que começou com uma sensação de desespero por sentir-se separado de Deus (v. 1), termina em adoração e gratidão. Na verdade, Deus está próximo, nos responde e nos salva. As esperanças de Davi não foram em vão. Davi promete louvar a Deus, por Sua salvação milagrosa, em meio a outros crentes na congregação do templo. Esta proclamação pública iria estimular os demais a depositar sua fé no Senhor fiel, que resgata Seu povo.

Nos versos 27 ao 30 Para Davi, a expressão “Todos os limites da terra”, significavam a disseminação da notícia para locais muito além de Judá. Para o Senhor Jesus, falariam da futura propagação do evangelho de redenção a todas as gerações das nações, e se converteriam ao Senhor! Um cumprimento da promessa de Deus de que abençoaria todas as nações mediante os descendentes de Abraão (Gn 12.3). Vemos aqui que o Senhor é Rei e tem um reino e governa as nações e ninguém pode escapar, todos os mortais O adorarão. Tendo ressuscitado ao terceiro dia, Ele recebeu de Deus o Nome que está sobre todo nome, para seu lugar exaltado à destra do Pai, Ele reina, e se tornou o Senhor de tudo o que está nos céus e na Terra e oferece proteção e segurança eterna para aqueles que se convertem a ele. Todos nós temos o privilégio de podermos conhecer e honrar o Senhor e Salvador: “louvarão o SENHOR os que o buscam”.

No verso 31 Davi finaliza dizendo que a bondade de Deus para conosco será contada a um povo que ainda não nasceu, eles hão de testemunhar os grandes feitos de justiça que Deus fez com poder e glória. A sua justiça perfeita será revelada; “Deus salvou o seu povo”! Como uma revelação futura esse versículo quer dizer que a mensagem  da morte e ressurreição de Jesus há de se espalhar não apenas geograficamente, mas também por todas as eras. Todas as pessoas ouvirão a mensagem clara do que Deus fez.

Aprendemos com esse salmo que podemos todas as coisas se estivermos com Deus, Davi olhou para o efeito da sua vitória sobre a morte, mesmo vendo a morte de frente. Ele não temeu a perseguição de seu inimigos, estava cercado por feras, mas ele sabia que Deus era o único capaz de salvá-lo, ele chama Deus de “força minha”. E é isso que temos que entender que Deus é nossa força, nosso escape, nosso escudo. E que só basta pedirmos que Ele se apressa em nos socorrer.

Deus vos abençoe!
Pra. Marla Fernandes.


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