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sábado, 20 de fevereiro de 2021

Resumo do capitulo 5 do livro de apocalipse

Enquanto Apocalipse 4 nos mostra o trono de Deus, o capítulo 5 nos apresenta o Cordeiro de Deus que no Antigo Testamento é representado pelo Leão da Tribo de Judá e chamado de a raiz de Davi (Gênesis 49:9-10; Isaías 11:1,10).
Nos versos 1 ao 4 relata que João via um livro tipo um rolo, provavelmente de pergaminho, com palavras escritas nos dois lados, e selado com sete selos. E em seguida ele vê um anjo forte perguntava bem alto: Quem é digno de quebrar os selos e abrir o livro? Aqui, o papel deste mensageiro é perguntar em voz forte, deixando bem clara a vontade de Deus de achar a pessoa certa para a tarefa importante de abrir o livro. E com isso João chorava muito, porque ninguém foi achado digno de abrir o livro, nem mesmo de olhar para ele, ou seja, em toda a criação, nenhuma criatura foi achada digna de abrir o livro que estava nas mãos de Deus e de desatar os seus selos. A expressão “Eu chorava muito” João se achou sem esperança. Confiava tanto em Deus que queria ver a vontade divina executada, mesmo sem saber o conteúdo do livro. Mas, se não tivesse ninguém para abrir o livro, os servos do Senhor não receberiam o benefício do propósito de Deus. Mas no verso 5 surge a esperança.
No verso 5, relata que existe um que venceu para abrir o livro e os seus sete selos: o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, ou seja, Jesus Cristo! Um dos anciãos que fala com João o consola, não com palavras vazias, mas com a verdadeira esperança que vem somente em Jesus. O Leão da tribo de Judá e a Raiz de Davi são títulos messiânicos para Jesus Cristo.
“O Leão da tribo de Judá”, o leão é um animal forte e dominador, que representa o poder real (Provérbios 30:30). Representa a coragem daquele que não desiste quando ameaçado (Provérbios 28:1). Não há dúvida de que Jesus, descendente legítimo de Davi, seja o Leão de Judá.
“A Raiz de Davi”, As imagens de poder e realeza envolvem a linhagem real de Davi. Isaías 11 profetiza sobre o renovo, ou rebento, que surge das raízes de Jessé, pai de Davi. É uma profecia importante sobre o rei messiânico, cumprida em Jesus e confirmada por esta citação no Apocalipse. Paulo aplica a mesma profecia de Isaías a Jesus (Romanos 15:8-13). No Apocalipse, Jesus mesmo afirma ser esta Raiz (22:16).
Quando diz o que venceu se refere à morte e a ressurreição de Cristo em favor dos que seriam redimidos. O que destaca Jesus de todos os outros, no céu e na terra, é a sua vitória. Ele é digno porque ele venceu. Seria impossível exagerar o valor do sacrifício de Jesus ou o tamanho da vitória na sua vida, morte e ressurreição. O fato de Jesus ter sido o único que, na carne, já venceu o inimigo por sua própria justiça o deixa exclusivamente qualificado, digno de abrir o livro.
No verso 6, João olha e agora vê um cordeiro, ele está no meio do trono, no meio dos seres viventes, junto ao Pai, entre os anciãos. Esse Cordeiro que foi morto é Jesus, Isto é uma clara referência do sacrifício de Jesus na Cruz do Calvário, onde ele se entregou por nosso pecado e culpa. Cordeiros foram usados em rituais de alianças e nos sacrifícios a Deus desde a época dos Patriarcas (Gênesis 15:9; 22:7-8). O significado mais importante do Velho Testamento vem do cordeiro pascal que serviu para livrar os israelitas da morte e permitir a saída deles do Egito (Êxodo 12:1-28). No Novo Testamento, Jesus se tornou nosso Cordeiro pascal (1 Coríntios 5:7), pois seu sangue nos salvou da morte e nos livrou da escravidão no pecado (1 Pedro 1:19).
“Sete chifres”: As outras vezes no livro que encontraremos figuras com chifres serão os inimigos de Deus. Mas aqui, o Cordeiro tem sete chifres. Como já observamos, este Cordeiro é o grande Vencedor. Ele tem poder para resistir e derrotar os inimigos. Os cristãos não foram deixados sem defesa. Chifres aqui representam poder, força e autoridade para reinar. “Sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus”: Mais uma vez, refere-se aos sete Espíritos, esta vez como olhos enviados por Deus “por toda a terra”, enfatizando a onisciência do Espírito Santo. A expressão enviados a toda a terra indica que o Cordeiro sabe exatamente o que está acontecendo no restante do Reino criado enquanto Ele esta na sala do trono celestial.
No verso 7, Jesus exclusivamente qualificado, toma o livro da mão de Deus. Agora ele tem poder para revelar e executar a vontade do Pai contida no livro.
No verso 8, Por ser achado digno de tomar o livro, Jesus se mostra digno de adoração. Os quatros animais e os vinte e quatro anciões o adoram, o divino Cordeiro vencedor merece o nosso louvor.
No verso 9, os seres celestiais adoram ao Cordeiro com um novo cântico e o reverenciam, dizendo: “Tu és digno de receber o livro e de abrir os seus selos, pois foste morto, e com teu sangue compraste para Deus gente de toda tribo, língua, povo e nação”. Jesus recebe louvor por ser o Salvador ressuscitado que se sacrificou para oferecer salvação a todos. Uma das principais controvérsias na igreja do primeiro século foi a igualdade de judeus e gentios diante de Deus. Judaizantes atrapalharam o trabalho de Paulo e outros durante vários anos. Alguns dos próprios apóstolos demoraram para compreender a intenção de Deus de oferecer a mesma salvação para todos (1 Timóteo 2:3-4; Tito 2:11). Por este motivo, ele chama todos ao arrependimento (Atos 17:30-31), e pessoas de todas as nações são atraídas ao Senhor (Isaías 2:2-4; João 12:32; Romanos 1:16). Doutrinas como o Calvinismo que alegam que Deus, no seu capricho, escolheu alguns para a salvação e recusou outros, contradizem as afirmações do Novo Testamento e negam este motivo de adoração a Jesus. Ele morreu pelos pecados de todos, porque Deus amou ao mundo, não somente algumas pessoas (João 3:16).
No verso 10. Relata que Jesus estabeleceu o seu reino e fez sacerdotes de todos os seus verdadeiros discípulos. O reino de Cristo existe atualmente, e os salvos fazem parte dele. Quando nós somos convertidos a Cristo, tornamo-nos o sacerdócio santo Dele.
Nos versos 11 e 12, Muitos anjos se juntam aos seres viventes e aos anciãos para oferecer louvor a Cristo. Anjos, seres viventes, anciãos juntos adorando a Cristo! Milhões deles deram honra ao Cordeiro! A expressão milhares de milhares denota uma multidão que não podia ser contada. Se já ficamos emocionados quando participamos do louvor sincero no meio de dezenas ou centenas de pessoas, imagine como seria o louvor de milhões ao redor do trono adorando o Cordeiro que nos resgatou! A expressão “Digno é o Cordeiro”: Jesus foi declarado digno, diante do Pai, de abrir o livro. Agora é declarado digno de receber a adoração da multidão.
Nos versos 13 e 14 tem mais ainda pra Cristo, depois de ver a glória do Cordeiro, João viu os anciãos louvando, depois os milhões no céu. Agora ele abre mais ainda a cena e percebe que toda a criação, do alto do céu até o fundo do mar, está participando do louvor dirigido ao Pai e ao Cordeiro! As mesmas palavras de adoração aplicam igualmente aos dois (pai e filho). E os quatro seres viventes que adoram sem descansar falam Amém! E os anciãos continuam a adorar o que vive para todo sempre. Ou seja, Jesus é o Amém da Divindade. Nele todas as determinações de Deus são realizadas. Nada existe ou funciona sem a intervenção do Cordeiro Jesus.
 
Ainda acontecerão muitas coisas no Apocalipse, mas a cena apresentada nos capítulos 4 e 5 nos mostra a realidade eterna da soberania e dignidade do Pai e do Filho. As vozes dos servos de Deus na terra se juntam às vozes dos servos no céu na adoração constante, que continuará para toda a eternidade. O nosso Criador merece esta honra. O nosso Redentor também!
 
Deus vos abençoe muitíssimo,
Pra. Marla Fernandes
 

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