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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Resumo do capitulo 8 do livro de apocalipse

No capítulo 8 de apocalipse, o sétimo selo é aberto e surge uma outra série de sete. Este capítulo relata os acontecimentos resultantes quando os anjos tocam as primeiras quatro de sete trombetas.

No verso 1, Depois do intervalo do capítulo 7, o Cordeiro volta ao último selo. Aumentando ainda mais a expectativa dos ouvintes, este selo abre com silêncio. Nenhum ser vivente fala. Não se ouve o clamor das almas dos mártires. Houve silêncio por meia hora.

No verso 2, João vê sete anjos em pé diante do trono do Senhor recebendo as trombetas. É importante ressaltar que o som de uma trombeta tinha mais de um significado no Antigo Testamento. Ela era usada para reunir o povo de Deus (Nm 10.7,8), para convocar o exercito do Senhor (v.9), para anunciar um novo rei (1 Rs 1.34-39) e para proclamar o Ano do Jubileu (Lv 25.9). Nesse contexto, o som das trombetas indica uma declaração de guerra.

No verso 3, João vê um outro anjo que veio com um vaso de ouro no qual se queima incenso e ficou de pé ao lado do altar. Ele recebeu muito incenso para juntar com as orações de todo o povo de Deus e oferecê-lo no altar de ouro que está diante do trono. Este anjo age como se fosse um sacerdote levando o incenso e as orações ao trono do Senhor. Foi uma das responsabilidades importantes dos sacerdotes levitas no Velho Testamento (Êxodo 30:7-9). O sangue sacrificial e o incenso aromático serviam para evitar a morte dos servos de Deus (Levítico 16:11-14; Números 16:46).

No verso 4, Subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos. O anjo entrega as orações, que sobem à presença de Deus. Davi falou para o Senhor: “Suba à tua presença a minha oração, como incenso” (Salmo 141:2).

No verso 5, O incensário servia para levar as petições dos santos ao Senhor. Agora, serve também para trazer uma resposta divina! Se os santos pedem justiça (6:10), é justiça que verão! O anjo enche o incensário do fogo do altar e o atira à terra. Encontramos uma cena semelhante em Isaías 6, onde um serafim tira uma brasa do altar para purificar o profeta (Isaías 6:6-7). A purificação que segue no Apocalipse vem por meio do castigo dos ímpios. Fogo do céu tem duas funções na Bíblia: 1. Consumir os sacrifícios oferecidos ao Senhor (1 Crônicas 21:26; 2 Crônicas 7:1), e 2. Castigar os inimigos de Deus (2 Reis 1:10,12; Lucas 9:54). Podemos ver aqui os dois sentidos, pois a morte dos inimigos de Deus apazigua a ira divina. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto: Os servos aguardam em silêncio, e Deus responde com trovões, vozes, relâmpagos e terremoto! Asafe escreveu: “Vem o nosso Deus e não guarda silêncio; perante ele arde um fogo devorador, ao seu redor esbraveja grande tormenta. Intima os céus lá em cima e a terra, para julgar.... Os céus anunciam a sua justiça, porque é o próprio Deus que julga. Escuta, povo meu, e eu falarei.... Eu sou Deus” (Salmo 50:3-7).

No verso 6, os sete anjos com as sete trombetas se paparam para tocá-las. O sétimo selo revela as sete trombetas. Este versículo é a transição que introduz a próxima série de sete. Os sete selos foram divididos em quatro (anunciados pelos quatro seres viventes) e três, com um intervalo entre o sexto e o sétimo que mostrou a proteção divina para os fiéis. De modo semelhante, as trombetas podem ser divididas em quatro e três (estas últimas chamadas de ais). Depois do anjo tocar a sexta trombeta, encontramos cenas diferentes que tratam da missão de João, da proteção dos fiéis, e da vitória das testemunhas do Senhor. À medida que cada um deles toca, uma calamidade afeta a Terra. As quatro primeiras trombetas afetam o mundo natural, isto é, a natureza e o meio-ambiente.

No verso 7, o primeiro anjo soa a trombeta, saraiva e fogo misturado com sangue são lançados. Essa terrível mistura de destruição e horror soa como uma combinação das imagens da primeira (Ex 7.19,20) e da sétima (Ex 9.22-25) pragas de Deus sobre o Egito. Aqui, a terça parte poderia ser figurativa para uma destruição extensa, mas não completa ainda. Ainda não chegamos ao castigo total ou final.

Nos versos 8 e 9 o segundo anjo toca a trombeta e foi lançada no mar uma coisa como um grande monte ardendo em fogo, e tornou-se em sangue a terça parte do mar. A descrição dos efeitos sobre o mar, no entanto, indica que é muito mais do que poluição das cinzas vulcânicas levada pelo ar. O mar tornando-se sangue e as criaturas do mar morrendo são como uma extensão da primeira praga sobre os egípcios, a transformação das águas do rio Nilo em sangue e morreu a terça parte da criação que tinha vida, existente no mar, e foi destruída a terça parte das embarcações.

Nos versos 10 e 11, O terceiro anjo tocou a trombeta, e caiu do céu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas uma grande estrela, ardendo como tocha. A terceira desta série de castigos usa uma estrela para atingir as águas doces que os homens precisam para beber. As estrelas, como parte da criação de Deus, lhe servem (Salmo 148:3). Ele tem poder para usar as estrelas nas suas batalhas a favor dos fiéis (Juízes 5:20) e como instrumentos de castigo (Mateus 24:29; Apocalipse 6:13). O efeito desta estrela é a poluição da terça parte dos rios e das fontes de água.
O nome da estrela é absinto e muitos morreram por usar a água. Absinto e uma planta encontrada no Oriente Médio, conhecida por seu gosto amargo. Aqui e em outras passagens (Lm 3.19), o termo e figurativo para amargura. Normalmente, o absinto não e venenoso, mas a praga da terceira trombeta envolve efeitos muito mais potentes do que o gosto de uma planta amarga. Possivelmente ela fora envenenada. Aqui, Deus ataca as águas potáveis, nos lembrando do efeito da primeira praga no Egito (Êxodo 7:20-21).

Nos versos 12 e 13, O quarto anjo tocou a trombeta, e foi ferida a terça parte do sol, da lua e das estrelas, para que a terça parte deles escurecesse e, na sua terça parte, não brilhasse, tanto o dia como também a noite. a profecia da quarta trombeta não é do fim do mundo. Descreve um castigo de pessoas aqui na terra. O fato de envolver a terça parte do sol, da lua e das estrelas confirma a interpretação de um castigo parcial. A referência ao escurecimento do sol, da lua e das estrelas é uma reminiscência da nona praga sobre o Egito (Ex 10.21,22) e da efervescência celestial relativa a descrição da segunda vinda de Cristo (Mt 24.29,30). E parecido também com o fenômeno do sexto selo (Ap 6.12). A terça parte do dia não brilhou pode significar que o sol, a lua e as estrelas não serão vistos por varias horas do ciclo normal do dia e da noite.
João finaliza esse capitulo dizendo que enquanto ele admirava esses acontecimentos, ele ouviu um anjo (uma águia) que voava pelo meio do céu e gritava em alta voz: "Ai, ai, ai, do povo da terra por causa das terríveis coisas que brevemente acontecerão quando os três anjos restantes tocarem suas trombetas".
Os sete selos foram divididos, com uma série de quatro seguida por outra série de três. As trombetas são divididas da mesma maneira. Já passaram quatro. Agora, restam as três ultimas e evidentemente mais severas do que as primeiras. Pois é relatado que haverás grande ai. Possivelmente a seqüência de três ai, refere impacto dos três juízos das trombetas restantes sobre os infiéis que habitam sobre a terra. O primeiro ai e a quinta trombeta (Ap 9.12); o segundo ai é a sexta trombeta (Ap 11.14). O terceiro ai é considerado como o que vem depressa e pode ser o mesmo que a sétima trombeta (v.15-19), embora não seja declarado assim. A palavra “ai” demonstra dor ou lamento. Repetida três vezes, sugere dor extrema, um pré-anuncio dos castigos mais severos por vir. Novamente, a mensagem se aplica às pessoas na terra.
 
As primeiras quatro trombetas anunciaram terríveis castigos divinos sobre a terra. O que virá nas últimas três trombetas (nos capítulos 9, 10 e 11), será ainda mais aterrorizante do que as aflições que já passaram.
 
Deus vos abençoe muitíssimo,
Pra. Marla Fernandes

 

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