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quarta-feira, 3 de março de 2021

Resumo do capitulo 9 do livro de apocalipse

No capítulo 9 de apocalipse, João nos mostra a conseqüência da quinta e sexta trombetas, tocadas pelos anjos. São inúmeras calamidades que é descrita pelo anjo como “Ai”. A seguir, ele nos diz que ainda há dois “ais”, no versículo 12, o que nos mostra um juízo ainda mais severo. Como vemos em Apocalipse 8, as quatro primeiras trombetas atingem a natureza. A terra, o mar, os rios, as fontes de águas, os astros do céu, todos são atacados. Contudo, a quinta e a sexta trombeta nos mostra que poderosas forças diabólicas são libertas e lideradas por Satanás, para causar grande aflição as pessoas (ver versículo 11).

A Quinta Trombeta: O Primeiro Ai (9:1-12)
No verso 1, João já viu uma estrela caindo do céu (8:10), mas agora ele vê uma que já caiu.
 Esta estrela representa uma pessoa, pois recebe a chave do poço do abismo. Estrelas são usadas na Bíblia, às vezes, para representar autoridades (Números 24:17; Daniel 8:10; Mateus 24:29). Uma estrela caída seria uma pessoa de autoridade punida ou derrotada, como aconteceu com o rei da Babilônia (Isaías 14:12). Quando Jesus demonstrou seu poder sobre os demônios, os servos do diabo, ele disse: “Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago” (Lucas 10:18). Em Apocalipse 12, presenciaremos a derrota de Satanás na batalha no céu, resultando na expulsão do diabo (12:7-9). Tudo sugere que a estrela caída aqui seja o próprio Satanás. Observamos o contraste entre o diabo, a estrela caída que traz trevas, e Jesus, a “brilhante Estrela da manhã” (22:16). Satanás recebe a chave do poço do abismo, mas Jesus segura a chave da morte e do inferno (1:18). Não há dúvida sobre a superioridade do poder do Cordeiro!  a expressão “a chave do poço do abismo” em a chave representa autoridade, e aqui Satanás recebe autoridade sobre o poço do abismo. O diabo age dentro dos limites estabelecidos por Deus (Jó 1:12; 2:6). Aqui, ele tem autoridade sobre as criaturas da região infernal, a região dos demônios (Lucas 8:31). O poço do abismo  é a prisão temporária de alguns demônios (Lc 8.31). E também o lugar de origem da besta (Ap 11.7; 17.8). Além disso, será o lugar onde Satanás será aprisionado durante o reinado de Cristo (Ap 20.2,3).
No verso 2, relata que esta estrela traz trevas, não luz. Quando ela abre o poço do abismo, sobe tanta fumaça que escurece a terra. As trevas são a ausência da luz. “Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” (1 João 1:5). O trabalho do diabo sempre tem sido de ocultar a luz de Deus, tentando manter o mundo nas trevas (2 Coríntios 4:3-4; Mateus 4:16; João 3:19; Atos 26:18; Efésios 5:8,11; Colossenses 1:13; 1 Pedro 2:9). Aqui, ele abre o poço do abismo e o mundo se escurece. Ele traz as trevas do erro e da iniqüidade para enganar os homens e os manter longe de Deus. No sentido que Deus permite este trabalho de Satanás, que ele lhe deu a chave, percebemos que Deus permite os homens a serem castigados com o engano e as mentiras, conseqüências do próprio pecado. Paulo disse que “Deus entregou tais homens à imundícia ... pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira.... E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável” (Romanos 1:24-28). A ignorância que vem como resultado do pecado é, de certa forma, um castigo divino!
Nos versos 3 e 6, Os gafanhotos eram muito temidos nas sociedades agrícolas antigas porque eles devoravam as colheitas. Os gafanhotos da quinta trombeta, porém, não são insetos que devoram plantações. Eles recebem veneno como o de escorpiões para atacar homens. Serpentes e escorpiões representam o poder do diabo (Lucas 10:19). Esta praga de gafanhotos, com seus ferrões venenosos, atingiria homens, não plantas! Os gafanhotos são instruídos a não prejudicar nenhum tipo de planta. Tão somente aos homens que não têm o selo de Deus: As vítimas deles são homens, mas somente os homens que não pertencem a Deus (7:3-8). Os homens atingidos por esta praga são aqueles que vivem nas trevas, que seguem o Diabo e suas mentiras, que perseguem os fiéis. Os servos de Deus são protegidos. O fato que esta praga afeta os homens na terra (9:3) serve como mais uma prova de que os 144.000 são servos de Deus na terra, não no céu. E foi dado uma ordem que eles não matassem os homens, e sim que os atormentassem durante cinco meses: O efeito deste castigo não é a morte, e sim o tormento. Durante cinco meses, mostrando que o período do castigo seria determinado e limitado por Deus. Esta praga não é fatal nem final. Não causa a morte, mas traz grande sofrimento aos ímpios. A morte seria considerada um alívio da dor e do sofrimento deles, mas eles irão procurar a morte e não encontraram. O seu tormento será como tormento de escorpião quando fere alguém: O escorpião raramente mata o homem, mas o seu veneno causa dor intensa e ataca o sistema nervoso. Os opressores do povo de Deus sofreriam muita dor, mas não seriam mortos, por enquanto.
Nos versos 7 ao 10, relata o aspecto dos gafanhotos. Eles eram semelhantes cavalos aparelhados para a guerra, ou seja, os gafanhotos têm uma espécie de armadura. E sobre as suas cabeças havia como que umas coroas semelhantes ao ouro, ou seja, podem indicar que os gafanhotos têm um grande prestigio entre os demônios, mas ainda estão uma categoria abaixo de seus reis, Abado e Apoliom (v. 11). E os seus rostos eram como rostos de homens, ou seja, os gafanhotos têm algumas características parecidas com as dos seres humanos. E os cabelos como cabelos de mulher pode referir-se a longa antena dos insetos. E os dentes como os de leão sugerem força e crueldade, uma descrição parecida com a das bestas em Apocalipse 13.2.  E tinham couraças, como couraças de ferro, estes guerreiros do diabo estão preparados para a guerra. Eles têm condições de se defenderem na batalha contra os homens. Mesmo quando os homens resistem. E ainda possuíam cauda, como escorpiões, e ferrão.
No verso 11, relata que a organização dos gafanhotos fora do poço do abismo está sob a liderança de um rei e o fato de eles mesmos usarem coroas indicam que eles podem fazer parte de uma hierarquia como principados, potestades, príncipes das trevas (Ef 6.12). O anjo do abismo e um demônio que controla os demoníacos gafanhotos (v.3-10). O nome do anjo em hebraico e em grego significa destruição.
No verso 12, informa que, o primeiro dos “Ais” já passou, porém há mais dois que ainda vêm!

A Sexta Trombeta: O Segundo Ai (9:13-21)
Nos versos 13 ao 16, O sexto anjo tocou a trombeta: Ele anuncia a mensagem da sexta trombeta.
João ouvi uma voz procedente dos quatro ângulos do altar de ouro: É o mesmo altar que encontramos no sétimo selo (8:3-5), o altar do incenso que pertence ao Santo dos Santos (Hebreus 9:3-4). As trombetas são respostas divinas às orações dos santos. A voz do altar manda o anjo que acabou de tocar a trombeta agir.
Ordena que solte os quatro anjos que se encontram atados junto ao grande rio Eufrates para matar uma terça parte da humanidade toda. Eles dirigiam um exército de 200.000.000 guerreiros. Vemos aqui que a sexta trombeta traz a morte da terça parte dos homens.
Vemos então que a primeira afetou a terça parte da terra e das plantas (8:7). A segunda atingiu a terça parte do mar, da vida marinha e das embarcações (8:8-9). A terceira prejudicou a terça parte das águas doces (8:10-11). A quarta escureceu a terça parte dos céus (8:12). A quinta trombeta causou dor e muito sofrimento mas não matou. A sexta traz a morte para alguns, mas não para todos.
Nos versos 17 ao 19, João vê na visão que os cavalos e os seus cavaleiros tinham couraças cor de fogo, de jacinto e de enxofre. A cabeça dos cavalos era como cabeça de leão, e de sua boca saía fogo, fumaça e enxofre. s cores das couraças são, provavelmente, vermelho (fogo), azul (jacinto) e amarelo (enxofre), e apresentam a imagem aterrorizante do exército usado como instrumento de Deus para castigar os malfeitores. Enxofre, na Bíblia, é sempre ligado ao castigo divino (veja alguns exemplos: Gênesis 19:24; Deuteronômio 29:23; Salmo 11:6; Isaías 30:33; Ezequiel 38:22; Apocalipse 14:10; 19:20; 20:10; 21:8). E foi por meio destes três flagelos, a saber, pelo fogo, pela fumaça e pelo enxofre que saíam da boca dos cavalos, foi morta a terça parte dos homens; O que sai das bocas dos cavalos é, certamente, um castigo de Deus. O fogo, a fumaça e o enxofre são pragas usadas para castigar. A força dos cavalos estava na sua boca e na sua cauda, porquanto a sua cauda se parecia com serpentes, e tinha cabeça, e com ela causavam dano. Os cavalos chegaram com suas couraças e suas cabeças de leões, soprando as pragas de fogo, fumaça e enxofre. Deixaram para trás o sofrimento causado pelo veneno de suas caudas, que pareciam serpentes causando dano.
Nos versos 20 e 21, relata que os homens que foram deixados vivos depois destas pragas ainda recusaram adorar a Deus! Não quiseram deixar o seu culto aos demônios, nem seus ídolos feitos de ouro, prata, latão, pedra e madeira, que nem vêem, nem ouvem, nem andam! Nem tampouco, mudaram de opinião, nem de atitude a respeito de todos os seus assassinatos e atos de feitiçaria, da suas imoralidades e seus roubos. Os outros homens, que não se arrependeram, não incluem aqueles que tem na testa o sinal de Deus (v.4; 7.2-4). A má vontade para se arrepender apesar da terrível devastação das pragas e uma reminiscência da atitude de Farão em relação a maioria das pragas que foram lançadas sobre o Egito (Ex 7.22; 9.7). Aqui, arrepender-se significa mudar de pensamento em relação as obras, a fim de deixar de adorar aos demônios e aos ídolos, e para se voltar para o Senhor Jesus Cristo em fé (Lc 24.47; At 26.20).
 
Deus vos abençoe muitíssimo,
Pra. Marla Fernandes
 

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