pagina

quarta-feira, 3 de março de 2021

Resumo do capitulo 10 do livro de apocalipse

No capítulo 10 de apocalipse, temos um outro intervalo na narrativa do juízo de Deus sobre os incrédulos. Entre a sexta e a sétima trombetas, Deus oferece outras mensagens de consolação aos seus servos numa série de cenas no intervalo nos capítulos 10 e 11. Aqui, João vê um poderoso Anjo segurando um pequeno rolo.

No verso 1, João vê outro anjo forte, que descia do céu. Ele virá a terra antes que o tempo da tribulação termine. Ele está vestido de uma nuvem. Desde a primeira vez que nuvens aparecem na Bíblia (Gênesis 9:13-16), há uma forte ligação entre elas e as demonstrações da glória e poder de Deus; Os outros aspectos da aparição deste anjo forte reforçam a origem celestial da sua mensagem: E por cima da sua cabeça estava o arco celeste, e o seu rosto era como o sol, e os seus pés como colunas de fogo;
Deus usou o arco-íris para selar a sua aliança com os homens depois do dilúvio (Gênesis 9:12-13,16). Na visão de João do trono de Deus, houve um arco-íris ao redor do trono (4:3).
O rosto era como o sol: A luz brilhante da glória de Deus. A luz da presença de Deus é mais forte do que o próprio sol (Isaías 60:19-20).
No verso 2, o anjo tinha na mão um livrinho aberto. Pôs o pé direito sobre o mar e o esquerdo, sobre a terra. O livrinho não é o mesmo de onde foram retirados os selos em Apocalipse 6.1—8.1. E mais provável que seja o livro engolido por Ezequiel (Ez 2.9—3.3), embora esse livro fizesse com que o ventre de João ficasse amargo (Ap 10.9,10), e não apenas o seu espírito (Ez 3.14). O anjo com o seu pé direito sobre o mar e o esquerdo sobre a terra simboliza o controle de Deus sobre os acontecimentos. Um representante majestoso do trono de Deus esta intervindo nos assuntos terrenos.
No verso 3, relata que o anjo bradou em grande voz, como ruge um leão, e, quando bradou, desferiram os sete trovões as suas próprias vozes. Com toda a força da voz que vem do céu, eles proclamam mais uma parte da vontade de Deus. Por diversas vezes nas Escrituras, trovões acompanham os castigos enviados por Deus. A sétima praga no Egito incluiu trovões, chuva de pedras e fogo (Êxodo 9:23-34). Deus pelejou contra os filisteus com seus trovões (1 Samuel 7:10).
No verso 4, João ouvi uma voz do céu, dizendo: Guarda em segredo as coisas que os sete trovões falaram: A instrução geral de 1:19 é suplantada pela ordem mais específica dada aqui. A voz vem do céu, e João é obrigado a obedecê-la – Não escreva as coisas que os trovões falaram. Num livro com o propósito de revelar, por que guardar em segredo as mensagens que Deus enviou nos trovões? Em geral, Deus não revela tudo aos homens, ele não teríamos a capacidade de compreender todos os pensamentos sublimes de Deus (Isaías 55:8-9). Moisés disse que Deus revela o que precisamos para saber como servi-lo (Deuteronômio 29:29).
Nos versos 5 e 6, a expressão “Jurou por aquele que vive para todo o sempre”. Apenas por meio da autoridade todo-poderosa do Criador eterno, o anjo forte pode fazer a declaração sobre como e quando se cumpriria o mistério divino. Apos soar a sétima trombeta (Ap 11.15-19), não haverá mais demora no desenrolar dos acontecimentos que levam ao retorno de Cristo (Ap 19.11-21). Tudo acontecera rapidamente. Atraso aqui implica um prolongamento do tempo da obra final de Deus.
No verso 7, A palavra segredo, na Bíblia, refere-se a coisas ocultas, freqüentemente à palavra de Deus outrora oculta e agora revelada. A verdade que ainda não foi totalmente revelada será manifesto e cumprido conforme a sucessão dos acontecimentos da metade para o final de Apocalipse. Os aspectos significativos desse mistério já tem sido revelados por intermédio dos profetas do Antigo e do Novo Testamentos, mas muitos ainda restam, os quais serão compreendidos plenamente apenas quando os eventos ocorrerem.
Nos versos 8 ao 11, e a voz do céu volta a falar com João dizendo: Vai e toma o livro que se acha aberto na mão do anjo em pé sobre o mar e sobre a terra. A mesma voz do versículo 4. A primeira vez, esta voz proibiu que João escrevesse sobre os sete trovões. Esta vez, ela lhe dará outra instrução. Ela manda João tomar o livro da mão do anjo que está em pé sobre o mar e sobre a terra. E o anjo entregou o livro a João e pediu para que ele o devorasse. Esta cena é semelhante à de Ezequiel 2:8 - 3:6. No início do sexto século a.C., Ezequiel foi enviado como profeta à casa de Israel. O rolo do livro que ele comeu representou a sua incumbência como profeta. O sabor era doce, mas a tarefa difícil. O anjo avisou João que este livrinho seria doce na boca, mas amargo no estômago. Como palavras de juízo, o livro faria amargo o ventre de João, da mesma maneira que o espírito de Ezequiel se tornou amargo (Ez 3.14). Os acontecimentos em Ezequiel 2 e 3 ocorreram antes do juízo de Deus sobre Judá e Jerusalém, e tiveram efeito na comissão do profeta. João pode ter sentido uma comissão parecida aqui para profetizar essa mensagem de juízo para o mundo. João é obrigado a profetizar sobre nações e reis. Já falou sobre pragas e castigos atingindo um número cada vez maior de pessoas, até causando a morte de grandes multidões. Mas tem mais pela frente. A difícil missão de João incluirá profecias sobre muitos povos.
 
O intervalo entre a sexta e a sétima trombetas enfatiza vários fatos importantes. Entre eles:
1. Deus e seus servos sempre são mais fortes do que o diabo e seus seguidores. O anjo forte do Senhor tem poder sobre a terra e o mar, enquanto o Destruidor recebeu autoridade por alguns meses sobre os gafanhotos. 2. Deus faz muito mais do que ele revela aos seus servos. Os sete trovões servem como exemplo.
3. A sétima trombeta anunciaria o cumprimento do mistério de Deus.
4. A missão do servo de Deus tem seu lado doce, mas inclui, também, a amargura de pregar a pessoas condenadas por sua rebeldia. No próximo capítulo, veremos mais duas cenas do intervalo antes de ouvir a sétima trombeta.
                                                                                                                                 
Deus vos abençoe muitíssimo,
Pra. Marla Fernandes
 
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário