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sábado, 6 de março de 2021

Resumo do capitulo 11 do livro de apocalipse

No capítulo 11 de apocalipse, João continua o intervalo entre a sexta e a última trombeta e dá a descrição de duas testemunhas que são levantadas por Deus para profetizar sobre as nações, isto é, anunciar a Palavra de Deus sobre a Terra. Esta é a segunda parte referente ao rolo.
 
No verso 1, João recebeu um caniço para medir o santuário de Deus, o seu altar e os que naquele adoram. Nos lembra da medição do templo em Ezequiel 40-42. A medida dos que nele adoram pode significar avaliação daqueles que prestam adoração ao Senhor no templo, bem como proteção para os fiéis e juízo, para os infiéis.
No verso 2, A ordem para medir não somente oferece consolo, fala também de santificação. Os adoradores dentro do santuário são separados dos gentios no átrio. A palavra traduzida “gentios” é “nações” ou “povos”.  
Em Lucas 21.24, é profetizado que os gentios pisarão a Cidade Santa até que os tempos dos gentios se completem. Aparentemente, o período de quarenta e dois meses é a conclusão do tempo dos gentios.
No verso 3, A ordem vem de cima. As testemunhas profetizam pela autoridade de Deus. As duas testemunhas profetizarão durante 1260 dias com impressionante poder (Ap 11.5,6). Então, parece que o período de dominação da besta sé dá durante a missão das testemunhas, cada uma ocupando em termos gerais metade do período da tribulação. Quem são as duas testemunhas? Comentaristas têm oferecido diversas respostas a esta pergunta. Alguns procuram personagens específicas, até sugerindo a volta à terra de pessoas do Velho Testamento (por exemplo, Moisés e Elias ou Enoque e Elias). Outros sugerem o Antigo e o Novo Testamentos. Alguns dizem que são a Lei (de Moisés) e os Profetas. Outras possibilidades incluem profetas e apóstolos (Lucas 11:49) ou o Espírito Santo e os apóstolos (João 15:26-27; Atos 5:32). Ou simbolizem todos os crentes fiéis [do AT e do NT] (bem como a Lei e os Profetas) testificando durante a tribulação.
Pano de saco é a roupa de lamentação e angústia, sentimentos opostos à alegria. Jacó se vestiu de pano de saco quando lamentou a suposta morte de José (Gênesis 37:34). Quando Acabe ouviu a condenação de sua casa, ele se lamentou em pano de saco, um gesto de angústia e humildade (1 Reis 21:27-29). Pano de saco acompanha o arrependimento em várias outras citações bíblicas (Neemias 9:1-2; Jonas 3:6-8; Mateus 11:21; Lucas 10:13). Ezequias se vestiu de pano de saco quando buscou a libertação de Jerusalém diante da ameaça assíria (2 Reis 19:1-3). O pano de saco das duas testemunhas sugere a mensagem difícil e a lamentação delas em pronunciar a mensagem do Senhor, uma mensagem que certamente condenava os perversos. Vestidas de pano de saco significa que as testemunhas estão de luto pelo mundo que não expressa arrependimento (Mt 11.21).
No verso 4, As testemunhas são descritas como duas oliveiras e dois castiçais, associando-as à visão em Zacarias 4, sobre os dois ungidos, que estão diante do Senhor de toda a terra (Zc 4-14). Lá e Zacarias, os dois ungidos são Zorobabel e Josué, o sacerdote. Mas o princípio universal para essas e todas as outras testemunhas do Senhor é que o testemunho delas pela verdade não é por força, nem por violência, mas pelo Espírito do Senhor (Zc 4.6).
No verso 5, “Se alguém pretende causar-lhes dano”: Agora entram os perseguidores, aqueles que queriam causar danos aos servos de Deus. O fogo saindo da boca das duas testemunhas para que, se alguém se opuser a elas, seja morto é parecido com a descrição da praga de morte trazida pelo exército de cavaleiros em Apocalipse 9.16-18. Aparentemente, a missão delas é impossível de ser interrompida durante três anos e meio (Ap 11.3) até quando acabarem o seu testemunho (v.7). O fogo também lembra dois dos milagres de Elias (1 Rs 18; 2 Rs 1).
No verso 6, As duas testemunhas têm a autoridade para impedir a chuva durante os dias da sua profecia, identificando-as com Elias, cuja oração fez com que não chovesse durante três anos e meio (Tg 5.17). Têm autoridade também sobre as águas, para convertê-las em sangue, bem como para ferir a terra com toda sorte de pragas: Como fizeram Moisés e Arão no Egito (Êxodo 7-12). Deus equipa seus servos com poder para vencer os inimigos.
No verso 7, “Quando tiverem, então, concluído o testemunho que devem dar”: Este trecho obviamente não fala do término final da missão da igreja, pois já usou a figura de um período curto (1.260 dias). Chegando ao ponto determinado por Deus, e tendo cumprido a sua responsabilidade de testemunhar, Deus permitiria que a cena continuasse. Embora tenhamos sempre trabalho para fazer, é possível encerrar uma determinada missão (Lucas 10:10-12; Atos 13:46-47). Deus determinou uma missão de tempo limitado para os seus servos, e deixou o inimigo mostrar seu poder limitado somente quando a missão fosse encerrada.
“A besta que surge do abismo pelejará contra elas, e as vencerá e matará”: Esta besta se tornará importante nos próximos capítulos. Ela sobe do mar (13:1) ou do abismo (11:7; 17:8) e peleja contra os santos e os vence (13:7). Mas a sua vitória não é final nem completa, pois será vencida pelo Cordeiro e seus servos (17:12-14). Aqui, porém, a besta aparece e, por enquanto, vence as testemunhas do Senhor.
No verso 8, A besta tem a permissão para matar as duas testemunhas na cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito. A besta, que vem à tona como um governante mundial satanicamente autorizado nos capítulos 13 e 17, emerge do abismo, assim como a praga dos gafanhotos demoníacos da quinta trombeta (Ap 9.1-10). Sodoma e Egito, representam as idéias de pecado, perversidade, rejeição de Deus e opressão dos fiéis. Resumindo, representam a sociedade ímpia que se colocou em oposição ao povo do Senhor, perseguindo os servos de Jesus.
Nos versos 9 e 10, Povos, e tribos, e línguas, e nações são aqueles para quem o testemunho do evangelho deve continuar até à consumação dos séculos (Mt 28.19,20). Estar morto por três dias e meio lembra os três anos e meio da missão das testemunhas. A morte das duas testemunhas iniciará uma celebração global entre os infiéis que odiaram a mensagem verdadeira delas. “E não permitem que esses cadáveres sejam sepultados”: Os ímpios querem o proveito máximo desta “vitória” sobre os servos de Deus. Deixam os corpos expostos para mostrar o seu poder sobre os justos. O que eles não entendem, ainda, é que a morte não é o fim para os servos de Deus. Os vencedores não sofrem “dano da segunda morte”.
“Os que habitam na terra”: são aqueles sobre quem o juízo de Deus recairá (Ap 6.10; 8.13) Quando a besta mata os servos do Senhor, os ímpios fazem a festa. A prática de enviar presentes é uma maneira de expressar alegria em ocasiões especiais (veja Neemias 8:9-10). Aqui, os perversos fazem uma festa de vitória. Há uma verdadeira guerra, uma luta entre o bem e o mal, e os malfeitores se regozijam com qualquer vitória, mesmo de pouca duração, sobre o bem. Freqüentemente, os ímpios acham que suas “vitórias” sirvam para libertar pessoas oprimidas por regras desnecessárias de religiões ultrapassadas. Oferecem a liberdade para satisfazer qualquer desejo sexual, ou a liberdade para tirar a vida de crianças antes de elas nascerem, ou a liberdade para exigir o respeito de outros mesmo quando praticam coisas que desprezam os princípios de decência daqueles que seguem a Deus. Prometem liberdade, mas são escravos da corrupção (2 Pedro 2:19). “Porquanto esses dois profetas atormentaram os que moram sobre a terra”: Aqui revela o motivo do assassinato. Os dois profetas atormentaram os ímpios. Como? Eles pregaram a verdade! A palavra de Deus atormenta os malfeitores, tirando o sossego daqueles que recusam se submeterem ao Senhor. Este é o lado amargo da pregação do evangelho. Por isso, os pregadores fiéis são odiados pelo mundo (Mateus 10:22). Paulo sofreu perseguições e avisou que os piedosos seriam perseguidos por homens perversos (2 Timóteo 3:10-13).
No verso 11, Depois dos três dias e meio, o Senhor manda um espírito de vida, pois ele é a verdadeira e única fonte de vida e ressuscita as testemunhas. Um tema constante nas Escrituras é o contraste entre a vida e a morte. A vida é sempre ligada a Deus, e a morte sempre ligada ao pecado. O espírito de vida enviado por Deus ressuscitou as testemunhas. A vitória da besta e dos perversos acabou! Podem até morrer, mas a morte não tem a vitória final sobre os fiéis. Este versículo serve para encorajar os servos de Deus em qualquer época, enfrentando qualquer ameaça do inimigo. Podem sofrer; podem até morrer. Mas, no final, ficarão de pé, vitoriosos! Vemos aqui que o espírito de vida, vindo de Deus, lembra a profecia dos ossos secos (Ez 37).
“E àqueles que os viram, sobreveio grande temor”: A festa acabou! A vitória dos ímpios não durou, era falsa. Agora os perversos percebem que seu adversário é realmente invencível. Nem a morte segura os servos de Jesus! “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?.... Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Coríntios 15:55-57). Os perseguidores têm todo motivo para sentir medo. Perderam!
Nos versos 12 e 13, As duas testemunhas ouvem uma voz do céu os chamando a subirem para lá. Missão cumprida! Não se sabe se os adversários ouviram a voz, mas sabemos por aqui que eles os viram subir numa nuvem. E naquela mesma hora haverá um violento terremoto que arrasará uma décima parte da cidade e deixará 7. 000 mortos. Então cada um dos que forem deixados, no seu terror dará glória ao Deus do céu.
Vemos que Deus identifica (mede) e protege o seu povo, mas ao mesmo tempo, Ele deixa os ímpios pisar, perseguir e até matar os seus servos. Mas no final, os fiéis terão a vitória e os perversos serão totalmente derrotados.
No verso 14, A águia anunciou os três ais, que correspondem às últimas três trombetas (8:13). Já passaram dois dos ais (a quinta e a sexta trombetas).
Aqui relata que o intervalo acabou. Voltamos às trombetas. Veremos a seguir a sétima trombeta. Se as primeiras seis já demonstraram o poder de Deus por meio de castigos severos, podemos imaginar o que vem pela frente.
 
Chegamos à sétima trombeta com grandes expectativas. As primeiras seis já anunciaram flagelos (punição física; castigo, torturas) severos, chegando até a morte da terça parte dos homens na sexta.
Para aumentar mais ainda a nossa expectativa, o anjo que domina a terra e o mar jurou que o mistério de Deus, anunciado aos servos, os profetas, seria cumprido na sétima trombeta (10:6-7).
No verso 15, o sétimo anjo tocou a sua trombeta, João ouve grandes vozes no céu, mas não identifica as pessoas que falam. O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo: Vitória! Os inimigos perseguem, machucam e até matam os servos do Senhor, mas conseguem apenas vitórias transitórias e falsas. Cristo é o eterno rei!
Nos versos 16 e 17, vemos aqui que mais uma vez, os anciãos se humilham diante de Deus para lhe dar o merecido louvor. Aqui, a ação de graças deles ao Senhor Deus todo-poderoso entra em uma nova fase: eles glorificam o poder e a ira de Deus e a correspondente distribuição de galardão e juízo.
A expressão “Porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar” não quer dizer que Deus passara a reinar depois da sétima trombeta, Deus sempre teve e tem poder absoluto sobre todos. Ele assumiu o poder no sentido da vitória sobre os inimigos. Sempre reinou, mas passou a reinar de uma maneira mais evidente, não deixando os ímpios imunes na sua opressão dos fiéis. Ele cumpriu as profecias de Daniel 2:44 e 7:13-14. Ele veio sem demora para aliviar o sofrimento dos perseguidos, como prometeu à igreja em Filadélfia (3:11). Ele veio para cumprir suas promessas aos seus servos (22:7,12,20). Ele fez “abalar não só a terra, mas também o céu” e as coisas que não foram abaladas permaneceram (Hebreus 12:26-27).
No verso 18, “Chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos”: A ira de Deus chegou. Este fato nos ajuda na interpretação do resto do livro. Como o anjo prometeu, a sétima trombeta cumpre o mistério de Deus (10:7). O que vem pela frente é uma explicação mais ampla desta trombeta, incluindo o derramamento das sete taças da ira de Deus (capítulo 16). A ira já chegou. O resto do livro – o aparecimento dos grandes inimigos, as taças de ira, Armagedom, a queda da Babilônia e dos outros inimigos de Deus, a vitória e a exaltação dos santos – está tudo resumido e comprimido nesta trombeta. A ira já chegou. Resumindo este versículo importante, chegou a hora determinada por Deus para: Julgar os mortos (ímpios), dar a recompensa aos fiéis e arruinar aqueles que corrompem a terra.
No verso 19, Nesse momento, se abriu o santuário de Deus nos céus, e ali foi observada a arca da Aliança. (Não é a arca da Aliança limitada, dada aos judeus no Velho Testamento. Esta arca representa a presença de Deus na Aliança feita em Jesus, a aliança que traz remissão dos pecados pelo sangue dele). E sobrevieram relâmpagos, estrondos, trovões, um terremoto e uma forte chuva de pedra sobre o mundo.
 
Deus vos abençoe muitíssimo,
Pra. Marla Fernandes

 

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