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sábado, 6 de março de 2021

Resumo do capitulo 13 do livro de apocalipse

No capítulo 13 de apocalipse, conhecemos os dois principais aliados do dragão. Ligando esta personagem com as profecias de Daniel, podemos ver o poder do governo romano para perseguir os santos. Na identificação desta besta e dos demais aliados, percebemos que o poder do diabo contra os cristãos foi exercido por meio de forças humanas. O anticristo (a agente de satanás) é descrito como a besta que surge do mar e revela a força do exército do Diabo, e o falso profeta como a que surge da terra é o poder do mal para influenciar e iludir. Ele seduzirá o mundo todo a adorar o anticristo. Portanto, aqui temos os propósitos de Satanás em sua batalha contra o povo de Deus. Seu desejo é tomar o lugar de Jesus, por isso, várias de suas estratégias podem ser vistas como uma usurpação da revelação de Deus.

A Besta Emerge do Mar (Apocalipse 13:1-10) – o anticristo
No verso 1, “Uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças”: O significado dos chifres e das cabeças será explicado em mais detalhes no capítulo 17. Podemos ver a força ou o poder da besta nos chifres, e a sua inteligência ou astúcia nas cabeças. Nesta descrição, já notamos a semelhança da besta com o dragão (12:3). O poder desta besta depende do diabo, o adversário do povo de Deus.
“Sobre os chifres, dez diademas”: O dragão tem diademas sobre as sete cabeças. A besta tem diademas sobre os chifres, que serão identificados como reis que reinariam com a besta por pouco tempo (17:12).
“Sobre as cabeças, nomes de blasfêmia”: A besta é inimiga de Deus e do povo do Senhor. Exalta-se contra Deus com arrogância, mostrando nomes de blasfêmia e irreverência. Entendemos a arrogância de reis que se exaltam contra Deus, até aceitando a adoração como deuses. Há evidências que estes reis sejam imperadores romanos.
No verso 2, “A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso e boca como de leão”: Esta descrição da besta do mar tem uma forte ligação, obviamente, com Daniel 7. Daniel viu quatro animais subirem do mar. Entre outras características, ele descreveu traços de 1. leão, 2. urso, 3. leopardo e 4. um animal diferente, terrível e feroz com 10 chifres. Os quatro animais se levantaram numa sucessão, representando os quatro impérios 1. Babilônia, 2. Medo-Pérsia, 3. Grécia. O quarto reino não é chamado por seu nome, mas os outros detalhes das profecias e da história nos levam a conclusão de que seja Roma.
Eu acredito que Daniel e João viram os mesmos monstros, mas de pontos de vista bem diferentes. Quando João teve sua visão, a boa parte da mensagem de Daniel já havia sido cumprida. Os primeiros três reinos já haviam caído, e o quarto, Roma, dominava o mundo. Da perspectiva de João, uma única besta tinha características de todos os animais que Daniel viu mais de 600 anos antes. É como se o urso tivesse devorado o leão, assim incorporando alguns traços deste. Quando o leopardo devorou o urso, assumiu algumas características dos dois. Por último, o animal terrível e diferente devorou o leopardo, e passou a refletir algumas qualidades de todos os predecessores. Daniel viu os quatro animais como indivíduos. Ele disse que perderiam o seu domínio, mas que ainda viveriam por algum tempo (Daniel 7:12). João viu uma só besta com algumas características dos impérios anteriores. Continuam vivos porque fazem parte do quarto. Assim, João cita os mesmos animais do mais recente (o reino atual quando ele escreveu) ao mais antigo.
Daniel profetizou sobre os quatro reinos, mas enfatizou o estabelecimento do domínio do Senhor na época do quarto. Disse que o quarto reino, e especificamente o seu décimo rei, seria um reino blasfemador que perseguiria os santos “por um tempo, dois tempos e a metade de um tempo”, antes da vitória total dos “santos do Altíssimo” (Daniel 7:23-27).
A mensagem de João nos próximos capítulos é uma atualização e ampliação da profecia de Daniel. Ele não precisa falar sobre os primeiros três reinos, pois já passaram. Ele escreveu aos santos que viviam na época do quarto animal, a besta do mar, o império romano. Os cristãos que receberam o Apocalipse veriam logo o décimo rei se levantar contra os fiéis. Eles precisavam do consolo de saber que a profecia de Daniel não havia falhado, e que a vitória final viria logo depois da angústia iminente.
“E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade”: Há uma ligação fundamental entre o poder do império romano e o diabo. O governo romano se tornou um instrumento na mão do dragão quando este foi pelejar com os descendentes da mulher (12:17). Nos aspectos espirituais de sua batalha, ele teve o apoio de seus gafanhotos e anjos. Na batalha terrestre, ele conta com o apoio do poder governante, o próprio império romano.
No verso 3, “Vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada”: As cabeças são reis (17:9). Um dos reis foi golpeado de morte. Este golpe mortal atinge a besta (13:12) e seu poder de perseguir e destruir os santos. Considerando as cabeças como reis da besta ou império perseguidor, a morte de uma cabeça seria o fim da perseguição daquele rei, talvez pela morte do próprio imperador. Quando surgir um outro rei perseguidor, seria como a cura da ferida da besta. Como já comentamos que esta visão é explicada melhor no capítulo 17.
“E toda a terra se maravilhou, seguindo a besta": Demonstrações de poder ganham a admiração do mundo. As pessoas podem ser persuadidas pela autoridade de líderes, governos, etc., ou podem simplesmente seguir por intimidação, por causa do medo do poder dos dominadores. O poder de realmente ressuscitar os mortos pertence a Deus, não ao diabo. Mas, ele pode enganar pessoas “com todo poder, e sinais, e prodígios de mentira” (2 Tessalonicenses 2:9-10). Neste caso, não precisa ressuscitar uma pessoa; ele apenas dá nova vida à causa do governo maligno na perseguição dos santos. O mundo acha que a besta ganhará, e se maravilha. Foi isso que aconteceu no intervalo antes da sétima trombeta. A besta mostrou seu poder e o mundo participou da festa. Infelizmente para eles, a festa não durou (11:7-13).
No verso 4, A besta recebeu seu poder do dragão, até dando nova vida ao poder perseguidor. O mundo admira tal poder e adora a besta (o governo romano, recebe a adoração do povo). A terra infiel é seduzida (Ap 12.9) por Satanás para seguir e adorar a besta. Aqueles que adoraram a besta também inconscientemente adoraram o dragão, que deu à besta o seu poder.
Vemos aqui uma blasfêmia nas mesmas palavras aplicadas à besta, Quem é semelhante à besta? Que blasfêmia! O salmista disse ao Senhor: “Ora, a tua justiça, ó Deus, se eleva até aos céus. Grandes coisas tem feito, ó Deus; quem é semelhante a ti?” (Salmo 71:19). São palavras de exaltação devidamente oferecidas a Deus. E aqui vemos as mesmas palavras, aplicadas à besta, é uma blasfêmia inegável. E ainda diz: Quem pode batalhar contra ela? Sabemos que ninguém é capaz de batalhar é contra Deus. Deus sempre vence, Ele nunca perde uma batalha e nem tão pouco uma guerra.
Nos versos 5 ao 7, já vimos que ela tem nomes de blasfêmia nas cabeças (13:1) e recebe a adoração dos povos (13:4). Aqui, ela tem condições de se exaltar e de falar blasfêmias. O poder dela é tão grande que a terra toda vai atrás, dando-lhe honra, ela parecerá ser vitoriosa sobre o povo de Deus. O mundo pode ser enganado, mas os leitores do Apocalipse sabem que o poder dela é limitado pelo mesmo Senhor que já venceu o dragão. Ela terá autoridade para agir por um tempo limitado, 42 meses. A autoridade do diabo e dos seus servos é limitada pelo poder superior de Deus. A besta recebeu permissão para dominar os povos ímpios. Mas a autoridade da besta, como a do próprio dragão, é definida pelo Soberano Deus.
No verso 8, O Livro da Vida é o registro daqueles que receberão a vida eterna, em contraste com aqueles destinados ao lago de fogo (Ap 20.12,15). Como era o plano de Deus antes da fundação do mundo que Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, seria morto pelos pecados da humanidade, então os nomes dos crentes foram incluídos no Livro da Vida desde o início (Ap 17.8). A besta pode exercer autoridade sobre tribos, povos e nações. Ela pode ser adorada pelos ímpios aqueles cujo nome NÃO está no livro da vida. O Livro da Vida está no poder do Cordeiro. Como foi frisado na visão das duas testemunhas no intervalo no capítulo 11, o poder do diabo e de seus aliados não vai além da morte. Podem pelejar, vencer e matar. Mas a vida eterna pertence exclusivamente ao Senhor. Ele foi morto, mas está vivo (1:18; 5:6). Mostrou seu poder sobre a morte e garante a vida eterna aos santos fiéis.
No verso 9, A frase se alguém tem ouvidos, ouça parece indicar que tanto as declarações nos versos seguintes quanto as anteriores tem importância e relevância. Portanto se alguém tem ouvidos, ouça: Preste atenção. Porque é importante!
No verso 10, Aqui relata que mesmo quando os cristãos enfrentam o cativeiro ou são mortos, eles podem ter paciência e sabendo que Deus os vingará no dia da ira e do justo juízo (Rm 2.5) (Rm 12.19). O mundo pode ser enganado, achando a besta invencível e incomparável. Mas os fiéis sabem que ela não se compara a Deus, e acham consolo na confiança da vitória final sobre a besta, sobre o dragão e sobre quaisquer outros aliados deles. “Aqui está a perseverança e a fé dos santos.”
 
A Besta Emerge da Terra (Apocalipse 13:11-18) – O falso profeta
Já estudamos a besta do mar que é o anticristo, agora veremos a besta da terra que é o falso profeta, o segundo dos principais aliados do dragão. É o poder do mal para influenciar e iludir.
No verso 11, Vi ainda outra besta emergir da terra: Lembramos que o dragão estava na praia esperando os seus aliados (12:17). De um lado (o mar) apareceu a primeira besta. Do outro lado (a terra) aparece a segunda. Estas bestas não vêm de cima; não foram enviadas por Deus. Vêm dos homens. Especificamente, este poder se levanta daqueles que absorveram as mentiras da boca do dragão (12:16). Esta besta não é nada igual, em aparência, à primeira, ela possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão. A besta do mar é assustadora, com sete cabeças, dez chifres e características de leão, urso, leopardo, etc. A besta da terra tem a aparência de inocência e mansidão; parece um cordeiro, porém falava como o dragão. Aparências enganam. Esta besta não é um cordeirinho inocente. As suas palavras vêm do próprio dragão, tem poder de persuadir e seduzir os homens.  Apesar de sua aparência inofensiva, esta besta tem o mesmo alvo que o dragão tem. Ambos querem destruir os homens. Esse é o único lugar no Apocalipse onde o cordeiro não se refere a Cristo.
No verso 12, A besta da terra pode ter aparência menos assustadora, mas ela tem o mesmo poder da besta do mar. Ela exerce toda a autoridade da primeira besta. Ela domina com a autoridade de reis. Tem poder, como veremos já, para tirar a vida daqueles que não a obedecem e não se submetem à autoridade da besta. Ela tem por função induzir os homens à adoração à autoridade imperial. Ela promove o culto imperial, obrigando as pessoas a adorarem Roma e seus imperadores. Assim entendemos que a primeira besta representa o poder do governo e a força militar de Roma, e a segunda representa a sua autoridade religiosa de promover a idolatria oficial. Por isso, a besta da terra é conhecida, também, como o falso profeta (16:13; 19:20; 20:10).
Aqui mais uma vez é mencionada que a ferida mortal curada. A força perseguidora foi ferida mortalmente, mas voltou. Veremos no capítulo 17 que isso se refere a um rei morto, seguido um tempo depois por outro que continuava a sua política de perseguição aos fiéis.
Nos versos 13 ao 15, Vemos aqui que a besta fará sinais a vista dos homens, Paulo falou do homem da iniqüidade, que demonstraria poder “segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira” (2 Tessalonicenses 2:9). O dragão é enganador, e seus aliados, também. No Egito, os magos imitaram os sinais de Moisés para enganar o Faraó e o povo, para que estes continuassem resistindo à verdade (Êxodo 7:11-13,22-23; 8:7). Devemos lembrar que o poder de Deus e da sua verdade é sempre superior ao poder enganador do maligno e dos seus servos. O Senhor se identificou a Israel como o Deus que desfaz “os sinais dos profetizadores de mentiras” e que confirma a palavra e o conselho de seus mensageiros (Isaías 44:25-26). Assim, o poder dos magos egípcios não foi igual ao poder dos servos de Deus (Êxodo 8:18-19). O dedo de Deus é maior do que a mão do diabo! Mas aqueles que não amam a verdade são facilmente seduzidos pela besta, e aceitam suas mentiras. O trabalho desta segunda besta seria de convencer as pessoas a participarem da falsa religião, submetendo-se ao poder do governo romano. A besta da terra promoveria a idolatria oficial, incentivando as pessoas a fazerem uma imagem idólatra para a honra das autoridades romanas. A idolatria imperial ficava cada vez mais forte, especialmente a partir das últimas décadas do primeiro século. A pressão sobre os cristãos para se conformarem aumentava, especialmente nos reinados de Nero, Domiciano e alguns imperadores posteriores. As autoridades religiosas de Roma possuíam autoridade para castigar, até para matar os sujeitos que não participavam da idolatria oficial. Neste fato podemos ver o desafio difícil que enfrentavam os servos do Senhor. Se participar da religião romana, poderia proteger a vida e viver mais alguns anos. Se rejeitasse a religião idólatra, seria morto. Obviamente, o verdadeiro cristão não aceitaria tal atitude idólatra, preferia sofrer as conseqüências de sua desobediência.
Nos versos 16 e 17, Aqui vemos que a besta da terra exerce poder sobre todas as classes, dos mais poderosos cidadãos até os pobres e os escravos. Ela exigiu que todo o mundo fossem marcados com um determinado sinal na mão direita ou na testa (fato é que esse sinal não é visível, ou seja não seria um carimbo na mão ou na testa) e ninguém podia comprar ou vender, a não ser que tivesse esse sinal, isto é, o nome da besta ou o número do nome dela. Aparentemente, essa marca é algum tipo de prova identificável de propriedade e lealdade deles naquela época. Ouvimos, hoje em dia, muitas especulações e acirrados debates sobre a marca da besta. Pessoas falam de códigos de barras, de tatuagens, de implantação de microchips, etc., dizendo que tais coisas são a marca da besta. Não sabemos ao certo a cerca dessa marca.
No verso 18, Aqui revela que o numero da besta é o número de um homem, e é 666. O número da besta pôde ser calculado ou decifrado para que o leitor entendesse o sentido. Sabemos que o 7 é o número da perfeição divina, com isso podemos concluir que 6 é um numero imperfeito, que não chegou a perfeição. E o fato dele aparecer três vezes seguidas só poderia representar algo muito avesso à Deus. Portanto ele é um ser dotado de imperfeição, de iniqüidade, de maldade, de crueldade, de violência. Entende-se que este inimigo é de origem humana, e que 666 enfatizaria a qualidade humana e imperfeita da besta. Seu poder não passa de poder humano e limitado! Portanto todo aquele cujo nome estiver escrito no livro da vida não precisará temer, pois Jesus os guardará da maldade, crueldade do anticristo.
 
Deus vos abençoe muitíssimo,
Pra. Marla Fernandes
 
 

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